
Foto: Moisés Bruno
Cursos oferecidos gratuitamente, atualmente no mercado custam entre R$ 800 a R$ 2 mil cada.
A formação conta com técnicos especializados. Nas aulas teóricas são repassados conhecimentos, processos de trabalho, equipamentos, regulamentações do setor (como a NR 37, que estabelece regras de segurança), e procedimentos operacionais. Já nas aulas práticas que acontecem nos espaços de treinamento, os participantes recebem orientações quanto às habilidades técnicas específicas com foco na segurança e eficiência das operações. Com brilho no olhar, atenção e foco para aprimorar as competências, os participantes estão mostrando dedicação, comprometimento e força de vontade .
Com uso de equipamentos de proteção individual e no meio de cortes, dobras e preparação de peças para soldagem de chapas metálicas para criar peças estão os alunos no boxe do curso de Caldeireiro Montador. A aula prática da turma envolve alunos interessados em alçar novos voos. É o caso da técnica de segurança do trabalho, a aluna Larícia da Glória Pinto, de 28 anos. A moradora do Aeroporto comenta que estar no curso é uma chance de alcançar novas vagas no setor offshore. “Estou aprendendo bastante. Quero voltar a trabalhar embarcada e, com certeza, o fato do curso ser gratuito nos ajuda muito”, contou.
Com a mesma formação profissional e também da mesma opinião, o participante Carlos Alberto Amarante Júnior comentou que “o curso irá agregar conhecimentos e novas oportunidades no mercado. O próximo foco é o Curso de Acesso por Cordas. Temos que estar cada vez mais preparados para a área offshore ”.
Já no boxe do curso de Solda e com menos experiência profissional, o time feminino também se destaca com a aluna Maria Eduarda Velozo Lima, que confessa estar encantada com a fase prática. “O curso é excelente. Estou concluindo o Ensino Médio, tenho 18 anos e meu sonho é embarcar. No próximo edital tentarei me inscrever em outros cursos gratuitos. Este é um presente , pois o investimento de cada capacitação é muito cara”, falou a moradora da Piracema.
Além de concentrar pessoas de vários bairros de Macaé, a capacitação também recebe moradores de Macaé que adotaram a cidade. Joseph Ackon faz parte deste grupo. Há 40 anos na cidade, o veterano de 70 anos, nascido na República do Gana (África Ocidental) declarou estar fascinado com o curso. “Atuei como oficial de máquinas e sempre tive curiosidade com a solda. Estou aprendendo muito e parabenizo à Prefeitura em possibilitar que nós macaenses possamos nos atualizar e avançar na profissão com cursos gratuitos”.
Satisfeita, a secretária de Qualificação Profissional, Rebeca Madureira, comenta. “Cada curso ofertado é uma oportunidade real de mudança. O objetivo é ampliar as oportunidades de preparação dos cidadãos macaenses para atender às demandas do mercado de trabalho e fortalecer ainda mais a economia local.
Junto às turmas, o pedagogo Raphael Cardoso repassa orientações específicas teóricas e práticas essenciais para a fabricação e manutenção de estruturas e componentes metálicos, abrangendo desde a leitura de projetos até a execução das técnicas específicas. Na Caldeiraria, por exemplo, ele apresenta temas como leitura e interpretação de desenho técnico e corte e conformação. Já na solda são apresentadas questões como, processos de soldagem e preparação e acabamento.
Acesso por Cordas-
Cordas, mosquetões e equipamentos de proteção individual fazem parte das aulas práticas do curso de Acesso por Cordas. A turma Nível 1 (N1) também é inclusiva e conta com muita coragem e vontade de vencer. Diante das aulas teóricas e práticas, que abrangem conhecimentos básicos de normas, habilidade e concentração, os alunos aprendem tarefas em altura sob supervisão, montar sistemas de acesso, realizar resgates e trabalhos com cordas de forma segura e a utilizar equipamentos. Deivid Correa, de 40 anos, salientou que estar na aula é a realização de um sonho antigo. “Tenho três filhos e esse curso tem um valor mais alto. Sou muito grato à prefeitura. Temos que nos qualificar para conseguir melhores ocupações”, disse o pintor hidrojatista morador da Barra.
Com a supervisão do instrutor Werbson Barboza, o curso Acesso Nível I desperta a atenção com a habilidade do público feminino. Após quebrarem o tabu da profissão ser exercida por homens, nas aulas práticas as alunas evidenciam potencial, concentração, energia e condicionamento físico. Comprovando que elas esbanjam potencial para atuar na área offshore, Elenilda Carvalho e Elaine Alves fazem bonito. “Cheguei quinta-feira, meio dia para a inscrição que começou no sábado. Conquistei a vaga e estou adorando o curso. Financeiramente isso nos ajuda, pois o “N1” é um curso caro e muito valorizado”, falou. Já Elaine Alves pontuou que “o desafio nas cordas vale a pena, e que esta não é a primeira vez que participa de um curso da prefeitura, e que pretende se cadastrar em outros para ter mais chance de embarcar”.
Após a aprovação nas provas teóricas e práticas, a Secretaria de Qualificação Profissional irá agendar um cronograma para entrega de certificados.
Conheça os cursos oferecidos: