“Estou feliz porque agora estou no Caps, vivo a vida com alegria e tristeza nunca mais!”. Este é um trecho de uma das músicas que serão cantadas, em passeata, no próximo dia 17, para lembrar o Dia da Luta Antimanicomial (18 de maio).
O setor de Saúde Mental da secretaria de Saúde está preparando um café da manhã, a partir da 8 horas e, em seguida, o grupo sairá em passeata cantante até a Praça Veríssimo de Mello, onde haverá debate, ciranda, coral e também apresentação de um vídeo com depoimentos de familiares e usuários.
Estarão presentes usuários e familiares, os centros de atenção psicossocial do município (Caps Betinho, Caps Ad Porto, Caps Infantil), o grupo Heterogênese Urbana, o Núcleo de Saúde Mental e a Associação de Parentes, Amigos e Usuários da Saúde Mental (Aspas).
A data não é de comemoração, mas sim de luta e de militância a favor da Reforma Psiquiátrica. Anualmente, o evento é realizado para marcar a data por uma nova forma de tratar as pessoas com transtornos mentais. A ideia é substituir os manicômios, que ainda existem, por espaços terapêuticos que contribuam para a aproximação e inserção na sociedade dos usuários que utilizam os serviços de saúde mental.
Rubervá Guedes é atendido no Caps Betinho desde 2003 e fala com carinho dos profissionais e de como o tratamento contribui para que ele viva melhor: “Temos resultado positivo com o tratamento. Nos sentimos cidadãos, mais capazes de nos relacionarmos com as pessoas lá fora”, afirma.