A riqueza dos ecossistemas de Macaé, sua preservação e impactos. Estes foram os temas centrais debatidos por educadores que lecionam nas escolas municipais, graduandos nas áreas de Geografia, Pedagogia, Ciências Biológicas e Ambientais e profissionais da Secretaria de Ambiente. A programação, realizada na Cidade Universitária, foi desenvolvida pela Prefeitura de Macaé, por meio da Secretaria de Educação. O debate promovido nesta sexta-feira (29), das 14h às 17h, durante o Seminário de Educação Ambiental teve como objetivo iniciar um trabalho visando estratégias e propostas pedagógicas voltadas para o tema “meio ambiente”.
De acordo com a vice-prefeita e secretária de Educação, Marilena Garcia, programações como estas são essenciais para o desenvolvimento de ações voltadas para a preservação do meio ambiente. A representante do Gabinete da Vice-Prefeita, Lisiane Braga de Souza, destacou que este encontro é muito importante para que as opiniões de diversos educadores sejam destacadas:
- Eventos como estes reforçam a descoberta de caminhos para que se chegue a soluções coletivas. Esta é mais uma forma para superar lacunas e trabalhar com o meio ambiente através da transdisciplinariedade. Os educadores e graduandos devem lembrar aos alunos da importância do reconhecimento e do pertencimento de Macaé. Por exemplo, a área do Ciep Darcy Ribeiro era um manguezal. Desta forma, o município deve ser destaque para os alunos não apenas pelos impactos ambientais, mas pelas riquezas naturais existentes - comentou.
Durante o seminário, os participantes tiveram a oportunidade de assistir a palestra “Conhecendo os Ecossistemas de Macaé”, ministrada pela engenheira química e doutora em Ciência e Tecnologia de Polímeros pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Inês Paes Ferreira. Ela, que também é coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Petróleo, Energia e Recursos Naturais no campus Macaé do Instituto Federal Fluminense (IFF), afirmou que o seminário é o primeiro passo para o trabalho de multiplicação de informações: “Este é o momento dos profissionais ligados à educação olharem para o meio ambiente de outra forma, seguindo a premissa de auxiliar aos alunos deste município rico não apenas do ouro negro, o petróleo, mas de ouro azul, através das águas”, disse.
Os participantes ainda receberam uma cartilha de conscientização ambiental, que tem como foco central o tema da palestra: “A proposta é que se olhe o meio ambiente e os ecossistemas de outras formas. Através deste seminário e também do material que foi entregue tenho a intenção de apresentar imagens, informações e conceitos dos diferentes ecossistemas que existem em Macaé, os problemas ambientais e levar a reflexões quanto às ações que cada um pode fazer pela preservação e conservação”, explicou.
Com o crescimento da cidade, muitas pessoas de Macaé e principalmente de outras regiões não conhecem a história e os diferentes ambientes do município: “Macaé conta com um conjunto de ecossistemas que vão desde as serras até o oceano Atlântico. Estou feliz por poder participar de um encontro voltado para a educação e preocupação com a qualidade ambiental”, ressaltou.
O assessor técnico de Ambiente, Vicente Klonowski, pontuou que a Educação e o Meio Ambiente devem caminhar juntos: “O resgate da aprendizagem pautado na importância da preservação da natureza é primordial. A base da ciência está no conhecimento popular, que sempre se volta para meio ambiente”, falou o representante do secretário Rômulo Campos.
Para a subsecretária de Cultura, Esporte, Saúde e Meio Ambiente, Cláudia Márcia Alves, o Seminário de Educação Ambiental proporciona, aos educadores e profissionais ligados ao meio ambiente, subsídios voltados para projetos ambientais: “Este encontro alia conhecimentos e reflexões voltados para a preservação ambiental e uso sustentável dos recursos naturais”, pontuou.
A intenção é que todos as estratégias repassadas no encontro, sejam multiplicadas nas salas de aula. A professora Valdirene Quirino, concluiu que o encontro servirá para ampliação de conhecimentos pessoais e profissionais: “ Sou professora de Geografia e sempre quando posso levo meus alunos para áreas como os parques Atalaia e da Restinga de Jurubatiba. Nós, professores temos que primar pela educação ambiental dentro e fora das escolas”, finalizou.