Assim que começar o ano letivo, no dia sete de fevereiro, a rede municipal de ensino de Macaé contará com 22 salas multifuncionais implementadas sob a orientação do Ministério da Educação (MEC) para facilitar a integração de alunos com necessidades especiais. As salas constituem laboratórios, com material adaptado para o atendimento especial.
Segundo o secretário de Educação, Guto Garcia, a integração destes alunos é uma das metas do MEC para todo o país e vem sendo implantada com sucesso em Macaé desde o ano retrasado.
- É desde o jardim de infância que deve ser conquistado o espaço na sociedade. Estamos trabalhando para que, desde a infância, o preconceito seja eliminado, afirmou o secretário que disse ainda que a integração com os estudantes que possuem deficiências resulta na otimização do aprendizado e num grande avanço social, comentou.
De acordo com a professora Elisabete Ferreira da Silva de Araújo, só na Escola Ancyra Gomes Pimentel, são atendidos seis deficientes visuais, sete auditivos e dez mentais.
- É importante destacar a formação continuada dos professores com diferentes metodologias de ensino para atender às especificidades de cada aluno. Antigamente, o aluno chegava à escola e não encontrava um ambiente capacitado para acolher as suas necessidades, hoje se trabalha de forma que a escola tenha uma estrutura física e pedagógica que atenda a todos, destaca.
Para Alda Navarro, coordenadora de Educação Social, a integração dos alunos não traz benefícios somente para os deficientes, mas também aos outros alunos que aprendem valores como cidadania e ética, citando ainda a Escola Municipal Lyons que desenvolve um trabalho também excelente onde os alunos e funcionários aprendem Libras a linguagem dos sinais para se comunicar melhor com os colegas portadores de problemas auditivos. “Na verdade a gente oportuniza uma sociedade muito melhor se trabalha a com a diversidade”, afirma.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 10% da população mundial apresenta algum tipo de deficiência. No Brasil, este índice sobe para 14%. Conforme dados da Seesp, cerca de 366 mil alunos com necessidades especiais cursam o ensino fundamental, mas somente 1,6% atinge o ensino médio.