Foto: Rui Porto Filho
O ‘Todos por uma Macaé inclusiva’ tem a meta de fomentar a inclusão de pessoas com deficiência
Em alusão ao Dia Mundial das Doenças Raras, 28 de fevereiro, a Coordenação de Educação Inclusiva da rede municipal realizou, na tarde desta quinta-feira (17), uma palestra sobre o tema, no auditório Cláudio Ulpiano, Cidade Universitária. A formação continuada de professores foi um dos principais objetivos do evento que integra o projeto ‘Todos por uma Macaé inclusiva’.
A palestra foi ministrada pelo médico oncologista e oncogeneticista, Gustavo Antônio Lopes. “A escola pode ser que seja o primeiro local em que a criança tenha o alerta para uma doença. Alguns sinais devem acender uma luzinha, não só nos profissionais de saúde, mas em todos que lidam com a criança”, ressaltou.
Ele salientou ainda a importância da iniciativa da Secretaria de Educação em promover a formação continuada dos educadores. “É fundamental esta orientação e treinamento. Informação em saúde é poder. Todos devem saber lidar com o diferente. Somos seres únicos e a escola é um espaço plural”.
O médico defendeu a inclusão escolar por meio de mediações adequadas e considerando as subjetividades. Fora isso, o olhar atento durante a prática pedagógica dos discentes e o devido suporte familiar e social à escola. Ele explanou sobre diagnósticos das síndromes, sinais e sintomas, e a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, que recomenda tratamentos multidisciplinares e interdisciplinares, protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.
O Programa Nacional de Triagem Neonatal (teste do pezinho), que deve ser realizado até o sétimo dia de vida ou, no máximo, até o trigésimo dia, também foi destacado como fundamental para o diagnóstico de doenças raras. Ele é feito gratuitamente pelo SUS. Ao final da exposição, o especialista esclareceu dúvidas da plateia.
“Este encontro possibilita aos professores do Atendimento Educacional Especializado e do apoio Pedagógico Específico um momento de diálogo e trocas pedagógicas, bem como o estreitamento das relações da secretaria com as unidades escolares”, disse a professora da Educação Especial do Colégio Municipal Generino Teotônio de Luna, na Virgem Santa, Ayla Bragança.
Também a professora especialista que atua na mesma unidade escolar, Camila Reis, comentou sobre o evento. “É necessário o pensar coletivo, a fim de melhorarmos nossa prática cotidiana e desafiadora com estudantes com deficiências. Esta palestra estreita as relações entre as áreas de saúde e educação, que precisam caminhar juntas em prol do desenvolvimento dos que necessitam do nosso olhar”.
A integrante da Coordenadoria de Campo de Educação Inclusiva, Sara Lopez, é mãe de uma criança que nasceu com uma síndrome genética rara e falou em nome dessas famílias. “Esta é a primeira dentre uma série de ações que a secretaria irá promover, seguindo o calendário inclusivo. É uma proposta de formação para os professores das Salas de Recurso da rede, um ato simbólico e promissor que dá visibilidade às pessoas com doenças raras. Sei que lidar com crianças com síndrome rara é lidar cotidianamente com desafios, que envolvem cuidados médicos, inclusão escolar e social e acessibilidade”.
O ‘Todos por uma Macaé inclusiva’ tem como meta fomentar no município a inclusão de pessoas com deficiência, partindo da Secretaria de Educação e envolvendo todas as secretarias, conselhos municipais, Câmara de Vereadores e demais órgãos públicos e privados, promovendo a inserção de todos nos diversos segmentos da sociedade.