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Em capacitação do Macaé Cidadão, 63 funcionários têm aula de história local

19/08/2010 17:28:14 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Foto: Kaná Manhães

No início de sua fala, Meirelles disse que sua pasta visa concentrar-se na preservação da memória de Macaé

O subsecretário da subsecretaria de Acervo e Patrimônio Histórico (Semaph) da prefeitura de Macaé, o professor de História, Ricardo Meirelles, ministrou palestra sobre assuntos referentes à história do município para 63 profissionais do programa Macaé Cidadão.

Isso se deu na X Capacitação Interna da Equipe do Programa Macaé Cidadão, na tarde desta quinta-feira (19), no Paço Municipal. Para a coordenadora geral do programa Macaé Cidadão, Amélia Guedes, os objetivos do encontro foram promover a reflexão sobre a realidade da cidade de Macaé, integrar a equipe e aumentar o conhecimento do próprio programa Macaé Cidadão.

No início de sua fala, Meirelles disse que sua pasta visa concentrar-se na preservação da memória de Macaé, sendo a primeira secretaria a ter o nome de Acervo e Patrimônio Histórico do estado do Rio de Janeiro.

Ele pontuou que o povoamento de Macaé teve início na região serrana, desconstruindo a ideia de que o povoamento ocorreu do litoral para o interior. “Nosso desenvolvimento sócio-econômico e político teve início do sertão para a atual sede da cidade”, contou.

Sobre a origem do nome Macaé, o subsecretário mostrou que há duas hipóteses: rio dos bagres, para os índios goitacás, ou Macaba Iba, palmeira que tem como fruto o coco doce. Ambas as nomenclaturas determinam na formação do vocábulo Macaé, na concepção indígena.

- Inclusive, no brasão do município, encontram-se dois bagres e duas palmeiras – acrescenta Meirelles.

A respeito da ilha de Sant’Anna, o professor de História relatou que nela há um sítio arqueológico , que provavelmente contém vestígios de comunidades indígenas.

Além do mais, em Sant’Anna também funcionava entreposto de navios negreiros, onde eram separados os escravos saudáveis e os doentes.

Acerca da esfera econômica macaense, Meirelles comentou que esta teve, ao longo do tempo, atividades de pesca, cafeicultura, cana-de-açúcar, agropecuária, extração de madeira e o petróleo.

Segundo ele, a praga de Motta Coqueiro de que Macaé ficaria sem progresso durante cem anos não se realizou, já que a cidade contou com desenvolvimento. Por exemplo, a usina hidreelétrica de Glicério, inaugurada pelo presidente brasileiro Washington Luiz, que nasceu em Macaé, o antigo porto de Imbetiba e a rede ferroviária que escoavam a produção macaense, entre outros.


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