Primeira unidade hospitalar de Macaé a ter uma equipe integral de psicólogos, o Hospital Público Municipal (HPM) recebe profissionais e estudantes da área de psicologia para a II Jornada em Comemoração ao Dia do Psicólogo, comemorado no dia 27. O evento acontece no auditório do HPM, no próximo dia 29, a partir das 9h. O objetivo é reforçar a importância do psicólogo hospitalar, e discutir assuntos relevantes para a sociedade. Entre eles, as patologias do século XXI, e o uso do crack, tema que tem preocupado autoridades em todo o país.
As inscrições para a Jornada já estão encerradas. De acordo com a coordenadora de psicologia do HPM, Maria do Carmo Malatesta, a procura foi grande, sobretudo de estudantes da área.
- Com dois dias encerramos as inscrições. Estamos esperando em torno de 80 pessoas, entre psicólogos e estudantes. Esta II jornada é uma vitória para nós psicólogos que atuamos no HPM. Quando começamos os trabalhos, perguntavam-nos para que servia a psicologia hospitalar, e hoje, tudo isso, é prova da importância deste profissional dentro de um hospital, sobretudo com a complexidade do HPM, conta.
Ao todo, oito profissionais se revezam no atendimento. São três psicólogos todos os dias. Além do trabalho que é realizado às sextas-feiras, com grupos específicos de pacientes, os psicólogos atuam efetivamente na rotina do HPM, desde o acolhimento aos familiares de pacientes em estado grave até o atendimento especial para mães e crianças internadas.
- É um prazer poder atuar nesta área dentro do HPM. Participamos, inclusive, da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, um orgulho Pará nós, destaca a coordenadora.
Esta II Jornada se baseia em cinco temas centrais: dependência química, clínica com crianças e família, modos de subjetivação na atualidade, o luto e humanização. Durante todo o dia, das 9h às 15h, mesas redondas discutirão estes assuntos, que serão mediados por psicólogos do HPM, da Faculdade Salesiana de Macaé e do Caps – Aeroporto.
- Os debates tem o objetivo de sair do óbvio, de ir além. O próprio luto não é apenas a morte, mas o estado psicológico que muitas pessoas se encontram quando estão em situação de vulnerabilidade. Outro assunto interessante é a questão da humanização, que, em minha opinião, é possível tratar como sensibilização, um termo mais adequado. Tudo isto estará em questão, ressalta Malatesta.