Equipes do Meio Ambiente começam combate a caramujos

21/11/2006 14:36:36 - Jornalista: Simone Noronha

Equipes da secretaria de Meio Ambiente de Macaé começaram nesta terça-feira (21) a coleta de caramujos africanos em vários bairros da cidade. Ao todo, 25 profissionais fizeram treinamento e retiraram moluscos de um terreno baldio no centro da cidade e nos Cieps da Barra e da Nova Holanda. As equipes vão continuar nesses locais nesta quarta-feira.

O secretário de Meio Ambiente, Fernando Marcelo Tavares, lembra que a coleta só será feira em áreas públicas, como escolas, praças e jardins. Ele orienta aos moradores dos bairros onde as equipes estarão que coletem os caramujos com luvas ou sacos plásticos e levem para os locais onde estarão as equipes. “As equipes estarão destruindo os moluscos”, explicou o secretário.

O caramujo africano pode transmitir uma série de doenças para o homem, mas desde que a praga chegou ao Brasil, não foi registrado nenhum caso. O caramujo africano é terrestre, e quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.

Além das doenças que pode transmitir, o caramujo ataca, destrói plantações e compete por espaços com outros moluscos. A espécie é nativa do leste e nordeste africanos e chegou ao Brasil na década de 80, como alternativa econômica. A idéia inicial seria comercializá-lo a um preço inferior ao escargot. Importado ilegalmente, foi introduzido em fazendas no interior do Paraná e escapou para o meio ambiente, adaptando-se perfeitamente em várias regiões brasileiras. Desde então, passou a ser chamado também de "falso-escargot".