A cultura macaense vive um momento muito especial. Depois de realizar o festival de curta-metragem durante toda a semana passada, inaugurou na última quarta-feira (5) uma exposição inédita no município. Trata-se do projeto de Antropologia Urbana, patrocinado pela Fundação Macaé de Cultura, intitulada “Um Olhar Urbano sobre Macaé” do macaense, Márcio Gonçalves.
A exposição acontece na centenária Praça Veríssimo de Melo, mostrando peculiaridades de uma Macaé que muitos não conhecem e alguns já até esqueceram. Suas belezas naturais, seu povo em seu cotidiano, seus trabalhadores e seus desafios, tudo isso será mostrado em fotos, vídeos de alta definição, numa montagem cinematográfica com recursos técnicos de última geração.
- Foi sob a ótica de valorizar a cultura e mostrar o universo que move hoje o município que pensamos em montar essa exposição de uma abrangência impar, onde o novo e o velho se fazem presente. Outro ponto importante é que este trabalho foi realizado por um macaense, que traduziu toda sua vivencia e conhecimento numa obra contemporânea, relata a presidente da FMC, Sheila Polly.
De acordo com o vice-presidente de Acervo e Patrimônio Histórico, Ricardo Meirelles, a escolha do marco histórico centenário foi fantástico, isso as vésperas da cidade completar 200 anos. Ele salientou ainda que o artista fez uma ligação perfeitamente perceptível como a cidade se transformou de forma rápida e que aquela “Princesinha do Atlântico” nunca mais voltará.
Márcio propõe uma mostra conceitual que reflete 24 horas do cotidiano de uma cidade reconhecida internacionalmente, hoje cosmopolita decorrente de seu crescimento econômico. “Estou muito satisfeito com a oportunidade e o olhar que a Fundação Macaé de Cultura teve quando abraçou a minha proposta. É um projeto ousado, mas de uma abrangência infinita como registro da nossa história”, declara ele.
Professora há 44 anos no município, Claudia Márcia que participou do processo de criação da exposição falou que inicialmente ela não conseguia visualizar o trabalho na sua totalidade, já que era uma proposta diferente e reunia ao mesmo tempo, fotos e vídeos. “Hoje estou maravilhada com o que estou vendo e espero que cada pessoa se sinta parte desta engrenagem e que ao olhar se veja como um desses atores”.
O designer gráfico, o macaense Vogner Moreira relatou: “Gostei muito. É um tipo de visão que nós macaenses não temos, como também nos falta registro. O Márcio teve uma visão macro, juntou esses diferentes aspectos num só projeto. É o novo e velho, fazendo um parâmetro interessante, isto sem falar nos modernos recursos de montagem que fascina, principalmente esta iluminação de trás pra frente. A FMC fechou com chave de ouro essa gestão”, conclui.