Foto: Luiz Cláudio Bittencourt
Uma cidade bucólica, com ruas tranquilas, praias quase desertas, comércio modesto e alguns casarões imponentes. Assim era a Macaé um pouco antes do “boom” do petróleo, que, quase 40 anos depois, está de volta na exposição Fotografias de Macaé dos anos 1970. A mostra, organizada pela Prefeitura, por meio da Coordenadoria Extraordinária Macaé 200 Anos, será aberta ao público nesta sexta-feira (21), no antigo clube Ypiranga.
O público poderá conferir uma série de fotografias do macaense Luiz Cláudio Bittencourt, o Dunga, que registrou, por iniciativa própria os últimos cinco anos da década de 1970 e o início dos anos 1980 com sua Olympus OM-1. Estão na mostra a Praia dos Cavaleiros, ainda coberta de restinga, o lendário casarão Bolo de Noiva, que enfeitava a Avenida Rui Barbosa, e os famosos trampolins da Praia de Imbetiba, entre dezenas de outros registros históricos.
- O trabalho de Dunga já era divulgado, mas nunca teve uma exposição à altura da importância das imagens. Buscamos o material com o artista e fizemos todo o tratamento necessário nas fotos para que pudessem ser feitas ampliações de boa qualidade. O resultado ficou ótimo e vai emocionar muita gente, comentou o coordenador do Macaé 200 Anos, Ely Perón.
Dunga, o autor das fotografias, lembra de momentos em que registrava o pôr do sol na Praia da Imbetiba, e que um senhor o alertou para as mudanças que viriam.
- Alguma coisa naquele dia me parecia triste – trampolins com jeito de adeus e parecendo querendo falar mais do que isto, o prenúncio de extrema mudanças em nossa querida Macaé.
A partir daí, não pareri mais de registrar a história da cidade, pois a memória tem que sobreviver para um dia contar a história, disse Dunga, que dedica a exposição ao amigo e professor Antônio Álvarez Parada, que dedicou parte da sua vida ao registro da história de Macaé.
A mostra ficará aberta ao público até o dia 31 de outubro das 13h às 20h. A abertura da mostra para convidados será nesta quinta-feira (20) às 20h.