A terceira operação do Fórum de Combate a Crimes Ambientais foi realizada nesta sexta-feira (11), no Frade, região serrana de Macaé. A equipe formada pela secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Batalhão Florestal da Polícia Militar e Guarda Municipal, foi ao distrito combater a caça predatória de animais e a extração irregular de palmito. A ação resultou na identificação de um acampamento rudimentar no meio da mata, que foi desativado pela equipe.
- Essa operação é voltada para o combate à caça já que temos indicadores que a caça é uma prática comum na região serrana. Fiscais da Semma identificaram acampamentos montados no Frade próximo à pedra da localidade. O objetivo da ação é destruir, reconhecer armadilhas e demais ferramentas utilizadas para esse fim, e também para a extração indevida de palmito, ressaltou Fernando Marcelo Tavares, secretário de Meio Ambiente, antes da ida da equipe ao distrito.
A prefeitura, através da Semma, também iniciou uma campanha na serra macaense, com a instalação de placas e spots de rádio, advertindo às pessoas que praticam a caça, que deixem de faze-lo, pois é crime com pena de um até três anos de prisão.
- A Semma está iniciando o diálogo com a Polícia Federal para o desenvolvimento de uma campanha de desarmamento na região serrana, e também quanto a armadilhas utilizadas na caça, explicou o secretário.
Na serra do frade, a equipe do Fórum de Combate a Crimes Ambientais entrou na mata e identificou um acampamento rudimentar, revestido de plástico, pronto para receber paredes de pau-a-pique. A equipe derrubou as instalações.
- O acampamento estava muito bem instalado com fogão à lenha, panelas, armários, camas e panelas. No percurso até o local, várias árvores tinham marcas para identificar o caminho até o acampamento, declarou Moisés da Silva Gomes, do Batalhão Florestal.
A serra macaense possui diversas espécies de animais nativos como tatu, paca, gambá, cuíca, ouriço e paca, o que atrai a caça predatória. Nessa época do ano, quando as fruteiras começam a produzir mais, os animais são atraídos pelas frutas, e os caçadores aproveitam para agir.
- Próximo ao local do acampamento, têm diversos pés de jabuticaba nativa. Isso atrai os animais e os caçadores. No acampamento não foi encontrado nenhum vestígio de caça, eles não deixaram nenhum indício. Encontramos também cordas de nylon que podem ser usadas para amarrar sacos que carregam palmito. Desmanchamos o acampamento para evitar que fosse usado para a caça e também para a extração do palmito, disse o fiscal do Ibama, Silvan Berbet.
A equipe que realizou a operação contou com a participação de cinco fiscais da Semma; o chefe da Guarda Municipal Ambiental de Macaé, Alexandre Viveiros; dois guardas florestais da Polícia Militar e dois fiscais do Ibama de Cabo Frio.