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Gi Germano celebra a força dos contos infantis e homenageia Figueiredo Pimentel na Expo Macaé 2025

27/07/2025 18:49:00 - Jornalista: Janira Braga

Foto: Maurício Porão

Contação da história “O Casamento da Carochinha”, neste domingo (27), às 16h, no Espaço Cultural Literário da Expo.

A magia da literatura infantil ganhou espaço especial na Expo Macaé 2025 neste domingo (27), com a apresentação da contadora de histórias Gi Germano, que apresentou no Espaço Cultural Literário da Secretaria Municipal de Cultura, a adaptação “O Casamento da Carochinha”, de Figueiredo Pimentel, autor macaense considerado um dos precursores da literatura infantojuvenil no país. Gi Germano e a secretária de Cultura, Waleska Freire, também prestaram homenagem a Antônio Álvares Parada, fundador da Academia Macaense de Letras, na tarde deste domingo.

Psicopedagoga, neuropsicopedagoga clínica e biblioterapeuta, Gi traz em sua trajetória 25 anos dedicados à contação de histórias, iniciada ainda na Paróquia São João Batista, com o projeto Catecontando Histórias. Na Expo, além de contar a história com elementos lúdicos e personagens confeccionados por ela mesma, Gi fez uma homenagem afetiva e literária a Figueiredo Pimentel, natural de Macaé e conhecido por obras como Contos da Carochinha (1894) e Histórias da Avozinha (1952).


- Quando iniciei minhas pesquisas sobre contos infantis e sua relação com a biblioterapia, reencontrei os Contos da Carochinha e descobri que Figueiredo Pimentel era macaense e membro da Academia Macaense de Letras, como eu. Isso me tocou profundamente, porque essa história fez parte da minha infância e da infância de meus irmãos. Nossa mãe contava essa versão da Carochinha mesmo quando morávamos em outros estados. Levar essa história ao público hoje é, também, reviver minhas raízes - afirma Gi.



A proposta de Gi vai além do entretenimento. A contação de histórias se une à pesquisa acadêmica e ao afeto. Segundo ela, o universo dos contos clássicos oferece possibilidades terapêuticas e reflexivas para todas as idades.


- A literatura infantil tem um poder transformador. Os contos ajudam crianças, jovens, adultos e idosos a ressignificarem vivências. Por isso, me dedico à pesquisa desses textos e à construção de um cardápio literário com base nas adaptações feitas por Figueiredo Pimentel, que também escreveu obras densas para o público adulto, como O Aborto, Suicida e Um Canalha - explica a contadora, que também cursa Psicologia para ampliar suas ferramentas de trabalho com a escuta sensível e a palavra.



A história escolhida para esta edição da Expo conta a saga de Dona Baratinha, que encontra uma moeda de vintém e decide buscar um noivo. Vários pretendentes aparecem, mas é Dom Ratão quem conquista seu coração... até que algo inesperado acontece no dia do casamento. A narrativa é cheia de humor e surpresa.


- Criar os bonecos, estudar o texto e conectar isso com minha própria história de vida é um gesto de afeto e reverência. Espero que este seja apenas o início de uma longa jornada literária com esse autor que, apesar de pouco lembrado, deixou um legado imenso - finaliza Gi Germano.



Para a secretária de Cultura, Waleska Freire, trazer a literatura infantil para a Expo Macaé é uma forma de valorizar as raízes culturais e promover o encantamento que os livros despertam desde a infância.


"Homenagear Figueiredo Pimentel, um dos grandes nomes da literatura infantojuvenil brasileira e filho de Macaé, é reafirmar nosso compromisso com a memória, a educação e o talento local. A presença de Gi Germano, com toda sua sensibilidade e trajetória dedicada à arte de contar histórias, só enriquece essa celebração à cultura e à imaginação", comentou Waleska.




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