Foto: Luiz Bispo
Os trabalhos estão em ritmo acelerado
A Prefeitura de Macaé não cuida apenas do presente e, por isto, tem feito parcerias, com base em projetos de planejamento, junto aos governos estadual e federal, para melhorar a qualidade de vida da população atual e das gerações futuras. Um exemplo é a obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que leva infraestrutura e benefícios sociais para milhares de moradores no município.
O trabalho é acompanhado de perto pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Governo (Segov) e da Câmara Permanente de Gestão (CPG), que vistoriou as obras do PAC no Bairro Nova Esperança, nesta sexta-feira (10), pela manhã, e ouviu de moradores que estão satisfeitos com os investimentos que a comunidade está recebendo.
Cinco mil pessoas que viviam em ruas enlameadas e sem esgotamento sanitário, no Nova Esperança, estão recebendo redes de esgoto e de água pluvial, pavimentação e instalação da rede de água potável nas casas onde a água já sai das torneiras. Os trabalhos estão em ritmo acelerado com a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que vai tratar também o esgoto do Bairro Fronteira.
A obra tem investimento de R$ 12 milhões, sendo R$ 2 milhões de contrapartida da prefeitura e R$ 10 milhões do governo federal. O projeto prevê ainda o alargamento e a pavimentação das vias de acesso e completo sistema de drenagem. Num trabalho integrado entre as Secretarias Municipais de Habitação (Semhab) e Obras (Semob) e a subsecretaria de Urbanismo também estão sendo construídos no Nova Esperança 64 apartamentos para os moradores que hoje vivem em áreas de risco, como à margem do canal que corta o bairro. As primeiras 16 unidades e o Centro Comunitário vão ser inaugurados em breve.
Os trabalhos no Nova Esperança são feitos com base no Plano Técnico Social desenvolvido pela Semhab. A abordagem social é feita por psicólogos e assistentes sociais e acontece a cada trecho onde a obra vai passar.
Moradores estão satisfeitos e elogiam o trabalho
À frente da equipe da prefeitura que vistoriou as obras do PAC no Nova Esperança nesta sexta-feira, o assessor da Secretaria Municipal de Governo Vladimir Paschoal Macedo ouviu vários moradores para saber sobre as melhorias que estão recebendo.
Jorge Leandro Moraes Ferreira, 29 anos, servente de obra há dois meses, morador da Rua das Acácias, há um ano, disse que as obras na comunidade vão trazer muitas melhorias. “Agora vão ter casas para os moradores, posto médico, água e as enchentes não vão ser mais um problema para a comunidade. E eu, que estava desempregado, ainda consegui um emprego na obra e agora estou aqui, ganhando meu dinheiro”, comemorou.
Maria José dos Santos, 55 anos, auxiliar de limpeza, mora no bairro há 10 anos e contou que antes as filhas tinham que colocar sacos plásticos nos pés para sair de casa e as crianças não podiam ir para a escola em época de chuvas. “Era só lama aqui, agora vai ter água potável e rede de esgoto. É um sonho que está se realizando, Nova Esperança vai ser um paraíso”, comentou a moradora.
O vice presidente da Associação de Moradores do Nova Esperança, Adilson Sousa Almeida, que mora há 12 anos na comunidade, disse que a situação na localidade era muito difícil, desde sua fundação há 13 anos. “Era muita lama, enchentes, esgoto indo para as casas dos moradores, mas agora estamos muito felizes com essa obra. A esperança de melhoria voltou para a comunidade e esperamos agora a continuidade do projeto com o PAC II”, ressaltou.
A comerciante Maria Francisca Gomes Barroso, 59 anos e há 12 anos morando no Nova Esperança, falou que antes era difícil chegar mercadorias em seu estabelecimento, mas agora o problema já foi resolvido. “O caminhão de mercadorias não conseguia chegar até meu comércio, então eu tinha que ir até o caminhão e trazer tudo em carrinho de mão ou em carroça. Com a obra vai melhorar tudo por aqui e agora o caminhão já consegue chegar até meu comércio”, afirmou Maria.
Outra comerciante, Ivonete Muniz Barros, 53 anos, que também mora há 12 anos no bairro, disse que antes mal dava para andar pela comunidade. “Levar as crianças para a escola era uma luta, mas agora as ruas melhoraram muito, está tudo ótimo, nunca imaginei isso aqui”.
Joilson Caldeira, 36 anos e há 12 morando no bairro com a família, também falou do antes e do hoje no Nova Esperança. “Antes o local era precário, com lama, esgoto e água até o joelho, mas agora está tudo melhorando. Aqui era praticamente um mangue, sem água e com muita lama. Eu ia trabalhar com o pé na lama e agora vou tranquilo. Já temos luz, água, saneamento e o acesso às ruas melhorou bastante também”.
*Com arquivos de Janira Braga e Maria Izabel Monteiro.