Foto: Juranir Badaró
“Queremos construir a cultura de paz na nossa sociedade”, disseram Yaisa e Sandra
Na manhã desta terça-feira (2), profissionais da Coordenadoria Extraordinária de Igualdade Racial (Cepir) levaram o projeto “Fala Jovem” a 225 alunos e alunas de nove turmas da Escola Municipal Cláudio Moacyr de Azevedo, no Parque Aeroporto. Durante o evento foram mostradas fotos sobre a criminalidade entre a juventude e índices de violência entre este público, além de exemplos de racismo na sociedade.
Segundo a professora de Língua Portuguesa Jozelma da Silva, as palestras são muito importantes e válidas por que permitem que os alunos discutam, falem e ouçam temas que vivenciam dentro e fora da escola. O público alvo era constituído por alunos do oitavo ano.
Para João Victor Coelho dos Santos, 14 anos, a realidade da discriminação é triste. Ele lembrou o caso do jogador que semana passada foi vítima de racismo em um jogo, em Porto Alegre. Já a aluna Yasmin Firmino, 15, disse: “A gente pode expressar o que está acontecendo com os jovens. Muitos morrem por influência negativa dos outros”. Por sua vez, Kelvin Espínola, também com 15 anos, falou que o momento é importante “por iluminar nossas escolhas para o futuro”.
As palestrantes Sandra Brandão e Yaisa Carolina, funcionárias da Cepir, foram enfáticas. “Não estamos aqui para julgar, mas para mostrar as consequências das escolhas. Esse evento aqui na escola mostrou que os jovens têm responsabilidade e escolhas na vida, mas a educação familiar é imprescindível para a formação e a edificação equilibrada de suas vidas”. A palestra durou uma hora e 30 minutos.
Projeto ‘Fala Jovem’
Yaisa e Sandra estão visitando diversas escolas públicas municipais para executarem o projeto “Fala Jovem”. A ação consiste em um bate-papo com jovens acima dos 12 anos de idade sobre o que pode ser feito para construir atividades para uma cultura de paz no município. O protagonismo juvenil, a sua autoestima, além de convivência social e valores morais são temas da iniciativa.
Segundo elas, exemplos de fatos reais são debatidos durante a atividade. “Procuramos demonstrar a importância de mudar a realidade, pois mesmo morando em situação de vulnerabilidade e em área de risco, o público alvo pode e deve reagir positivamente, transformando o mundo em que vive. Também apresentamos a essa juventude os programas municipais disponíveis nas áreas de educação, cultura e esporte como, por exemplo, a Coordenadoria Municipal Especializada de Apoio ao Escolar (Cemeaes), e os programas Nova Vida e Jovem Aprendiz, além das escolas de dança e de idiomas”, ressaltaram.