Foto: Juranir Badaró
Jovens com idades entre 16 e 21 anos participam de discussão sobre cidadania
Profissionais da Coordenadoria Extraordinária da Igualdade Racial (Cepir) ministraram aula de cidadania, ética e valores morais para 34 adolescentes e jovens aprendizes com idades entre 16 e 21 anos. Eles são orientados pela Organização Não Governamental Viva Rio. A reflexão aconteceu na tarde desta segunda-feira (13), na sede da Ong no bairro Miramar. Na ocasião, debates foram realizados após a exibição do filme ‘Meu Mestre, Minha Vida’, que conta a história de uma instituição de ensino, em Nova Jersey (EUA), com maioria de estudantes negros, latinos e brancos pobres.
- O principal objetivo para termos convidado a Cepir a vir aqui foi para propor que os jovens absorvessem valores morais e éticos, de modo a tomarem consciência em relação ao preconceito na nossa sociedade – diz Regina Gaio, coordenadora pedagógica do Programa Jovem Aprendiz, que comanda a Ong Viva Rio.
No debate, após o filme, os jovens comentaram que o preconceito e o racismo existem hoje em dia. “Devemos ter caráter e sermos bons profissionais, e não seguir a correnteza numa sociedade que valoriza aquele que é ‘popular’”, refletiram.
Para Jonatan Schotte, de 17 anos, o filme ‘Meu Mestre, Minha Vida’ foi educativo por ensinar a respeitar o diferente. “O ser humano deve ser valorizado”, pontua. Já José Filho, 22 anos, diz que a visita da Cepir colaborou para que a turma entendesse questões como o preconceito, além de honrar profissões como a dos educadores.
Para finalizar, o jovem Rhuann Santos, de 19 anos, refletiu que o filme mostra que os negros e pobres são capazes de vencerem os estigmas sociais. “O preconceito que a sociedade emite é o que atrapalha. O importante é que confiemos mais em nós mesmos”, completa.
As profissionais que ministraram os conhecimentos e dirigiram os debates entre os alunos foram a coordenadora pedagógica de projetos da Cepir, Sandra Brandão, e a coordenadora de Cultura desse órgão público, Yaisa Carolina.
O FILME - O filme aborda a vitimização do racismo, tornando-se necessário buscar atitudes novas em prol da excelência, numa renovada responsabilidade, com atos positivos. Isso porque o diretor Joe Clark (interpretado pelo ator Morgan Freeman) conseguiu valorizar a escola perante a sociedade. Em seu discurso para os alunos ele disse: “Vocês não são inferiores a ninguém, devem buscar a vitória na vida”.
Havia indisciplina, drogas e mazelas sociais atrapalhando o desenvolvimento intelectual dos estudantes, até que ao assumir a diretoria, Clark impõe metodologia radical para que o nível de conhecimento naquela escola fosse reconhecido pelo governo estadual, via exame final. Fato que ao final da história, ele consegue.