Dando continuidade ao trabalho de calibração dos instrumentos de pressão (manômetros e transdutores), na plataforma P-48, o servidor público Dílson Fiúza e o técnico de manutenção Elmo Soares embarcaram pela segunda vez para a plataforma. Só retornam agora no dia 15 de dezembro. Eles pertencem aos quadros do Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT), autarquia municipal vinculada à secretaria de Ciência e Tecnologia. Este trabalho deve-se à parceria entre a Petrobras e o Instituto.
Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan, a importância do IMMT realizar trabalhos no meio offshore - o que acontece pela primeira vez - consolida cada vez mais a parceria e o envolvimento entre o poder público e a cadeia produtiva de petróleo, gás e energia. “O Instituto foi criado em 2001 com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento das atividades de exploração e produção de petróleo, uma vez que não haviam laboratórios de calibração sediados na Bacia de Campos”, comenta Jordan.
A diretora do IMMT, Júlia Paletta, disse que anteriormente o Instituto estava restrito à calibração de instrumentos onshore. “Com este contrato com a Petrobras, verificamos o reconhecimento da qualidade dos serviços prestados pelo IMMT. É que calibrar a bordo requer infra-estrutura laboratorial especializada, maior investimento em treinamento pessoal, atendimento aos requisitos de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS), entre outras coisas”, enfatiza Júlia.
Ela acrescenta ainda que a presença de técnicos capacitados do IMMT em área offshore consolida a autarquia como referencial de excelência em metrologia na Bacia de Campos. “O IMMT é o único instituto que tem sede na Bacia de Campos capacitado para calibrar instrumentos. E na bacia, existe uma demanda grande por calibração e certificação metrológica. Esperamos que este seja o primeiro de muitos contratos com a Petrobras ou outras empresas que tenham demanda de calibração offshore, o que vai agregar ao trabalho que já é realizado nos nossos laboratórios internos”, destaca a diretora do IMMT.
Os manômetros medem a pressão em linha de gás e linha de óleo que tem na plataforma. Se a confiabilidade metrológica destes instrumentos não estiver bem detalhada, impacta na segurança da plataforma, das pessoas e na integridade dos equipamentos. “É importante que o trabalho seja realizado com o detalhamento que o Inmetro e a norma laboratorial determinam. Os nossos profissionais foram orientados para trabalhar de acordo com as normas técnicas e estão altamente capacitados para isso”, informa Jordan.
O IMMT montou laboratório estruturado dentro de um container, dentro dos requisitos da norma ISO/IEC 17025, que é a norma laboratorial seguida dentro de um padrão internacional e único para atestar a competência dos laboratórios para realizarem ensaios e/ou calibrações, incluindo amostragem. Os instrumentos são certificados de acordo com as normas do Inmetro/ Rede Brasileira de Calibração (RBC), que avalia o grau de incerteza dos manômetros e transdutores.
A P-48 é uma plataforma flutuante, com capacidade de produção de 150 mil/barris de óleo por dia e 6.000 metros cúbicos de gás por dia. Está em uma lâmina d’água de 1.040 metros, localizada no campo de Marlim.
2007
O IMMT tem metas ousadas para 2007, não só na realização de aferições offshore, mas também através de trabalho de diagnóstico dos gargalos metrológicos da Bacia de Campos. Para isso, haverá parceria entre Petrobrás, Sebrae e Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro.