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Inovação tecnológica e turismo esportivo: Desafio Solar Brasil 2025 movimentará Imboassica

02/10/2025 05:50:00 - Jornalista: Andréa Lisboa

Foto: Maurício Porão | Divulgação

A competição na lagoa reunirá 15 barcos de diversos estados.

Macaé irá receber pela primeira vez o ‘Desafio Solar Brasil 2025’, que reunirá 15 barcos movidos a energia fotovoltaica. A competição ocorrerá de 22 a 26 de outubro, na Lagoa de Imboassica, a partir das 9h, com a participação de equipes de diversos estados. O evento é uma realização da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o apoio da Prefeitura de Macaé. A equipe de Fernando Amorim, do barco Carcrá, que representa o Campus UFRJ/Macaé e o município, tem boas chances de levar o título de campeã.

Competirão equipes do Pará, do Amazonas, de Santa Catarina, do Espírito Santo, entre outras, em duas categorias: Livre (um casco) e Catamarã (dois cascos). De acordo com um dos organizadores e idealizadores do Desafio, o Doutor em Planejamento Energético pela UFRJ e professor no Campus Macaé desde 2015, Maurício Nepomuceno de Oliveira, os objetivos do projeto são popularizar o uso das energias fotovoltaicas e fomentar o desenvolvimento de tecnologias neste campo. Para o secretário de Esportes de Macaé, César Maillet, a competição também incentiva a prática esportiva e movimenta a economia local, por meio do turismo esportivo.


“É um prazer receber este evento em Macaé, incentivando a prática esportiva e o desenvolvimento intelectual dos alunos de Engenharia da UFRJ/Macaé e das outras universidades que estão vindo para a cidade. Será uma linda competição na nossa Lagoa de Imboassica, movimentando nossos hotéis, bares e restaurantes e trazendo pessoas para conhecerem a nossa cidade”, enfatiza César Maillet.



Maurício Nepomuceno conta que a primeira edição do Desafio Solar Brasil ocorreu em 2009 e, desde então, já foram promovidas cerca de 20 competições. Tudo começou em 2008, quando o professor Maurício, ainda aluno de Engenharia Naval da UFRJ, foi competir na Holanda com barco solar. Nessa oportunidade, ele aprendeu muito sobre as energias fotovoltaicas e considerou trazer este tipo de competição para o Brasil. Assim, a UFRJ criou o Desafio Solar Brasil e se manteve como organizadora através de uma rede de pesquisadores de diferentes regiões do país.


“Nós também temos o objetivo de formar engenheiros e técnicos nessas tecnologias. Trabalhamos com 300 estudantes por ano. A dinâmica das competições envolveu cerca de 6 mil pessoas com inovação. Várias empresas foram criadas em segmentos semelhantes a esse. Os veículos elétricos ainda são pouco explorados no Brasil, principalmente embarcações. Nós desejamos colaborar para este desenvolvimento. Por isso, é um evento de inovação tecnológica. Cada barco tem uma tecnologia envolvida: baterias, sistemas de controle e mecânica. O barco de Fernando Amorim tem boas chances. Toda a tecnologia foi desenvolvida no Campus Macaé da UFRJ. A Secretaria de Esportes de Macaé foi fundamental para a realização deste evento, assim como a Secretaria Executiva de Educação Superior e a Secretaria de Ambiente, Sustentabilidade e Clima, que conseguiu duas embarcações”, salienta o professor.


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