Foto: Rui Porto Filho
A economia de Macaé cresceu 600% nos últimos dez anos e a população triplicou de 47 mil habitantes para quase 200mil
O impacto que pode gerar a retirada dos royalties do estado do Rio de Janeiro e sua consequência direta em Macaé foram destaques em mídia nacional, nesta quinta-feira (11). A matéria do Jornal Nacional mostrou claramente a importância dos royalties para a manutenção dos serviços públicos para a cidade que abriga todo o suporte da produção da Bacia de Campos, responsável por 80% da produção nacional de petróleo. A economia de Macaé cresceu 600% nos últimos dez anos e a população triplicou –de 47 mil habitantes, chega, hoje, a quase 200mil.
- Toda a repercussão que o assunto ganhou na mídia nacional, e em especial esta reportagem levada ao ar no Jornal Nacional ontem, pela TV Globo, ameniza o forte sentimento de injustiça que assola a população do Estado do Rio após a absurda votação da emenda Ibsen na Câmara, e coloca os pingos nos ‘is’ quanto à importância dos royalties principalmente para os municípios produtores, observou o subsecretário de Comunicação Social, Fernando Marcelo Tavares.
De acordo com a reportagem: “Com o crescimento, surgiram novos problemas e responsabilidades: aumentou a demanda por energia e transporte, os sistemas públicos de saúde e educação tiveram que ser ampliados e o fantasma de acidentes ambientais provocados pela exploração do petróleo exigem cuidados e investimentos permanentes. Com a mudança na distribuição dos royalties, Macaé deixaria de receber R$ 345 milhões por ano e ganharia pouco mais de R$ 3 milhões. A receita com os royalties do
Estado do Rio de Janeiro cairia de R$ 4,9 bilhões para R$ 100 milhões”.
Na matéria foi destacado também, que em uma reunião com lideranças governistas, o presidente Lula pediu aos senadores que busquem um acordo que não prejudique os estados produtores. “O governo é contra emenda de Ibsen Pinheiro”, disse o repórter, completando com o depoimento do senador Romero Jucá: “O pré-sal é um bem tão importante para o país que não pode ser usado para desunir o Brasil, e sim para unir o Brasil, esse é o nosso desafio aqui no Senado”, afirmou.
A matéria do Jornal Nacional também mostrou que há uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a emenda seja considerada inconstitucional, porque muda regras de contratos já assinados.
O protesto da população do Norte Fluminense - com o fechamento da BR-101 na quinta-feira (11) contra a aprovação da emenda, pela Câmara dos Deputados, que redistribui os royalties para todos os Estados e Municípios, chamou a atenção de todo país. Na próxima quarta-feira (17), já está agendada uma manifestação no Rio de Janeiro. A manifestação terá concentração às 16h, na Candelária, e seguirá pela Avenida Rio Branco até à Cinelândia, onde haverá um ato público.