Foto: Ana Chaffin
Jucélia da Conceição Silva comemora as melhorias na comunidade onde mora há quatro anos
O bairro Lagomar já mostra uma nova realidade e a população comemora o resultado das obras que a Prefeitura de Macaé vem realizando. Com a terceira fase do Projeto Lagomar, cerca de 282 travessas e becos receberam redes de escoamento pluvial e de esgoto, além de pavimentação das ruas, calçadas e meios-fios. Para completar esta etapa, faltam apenas oito travessas sem saída, e o prazo de conclusão é o início de 2015. As obras de construção de calçadas estão dentro do cronograma, e devem ser finalizadas em julho de 2015. Um dos bairros mais populosos de Macaé, o Lagomar, situado na Zona Norte, tem cerca de 35 mil moradores.
As obras da terceira fase representam a conclusão do Projeto Lagomar, com ações que começaram em junho de 2013. Esta fase atende as travessas e becos que existiam quando o contrato da terceira fase foi fechado pela Prefeitura. As travessas e becos que não foram contempladas nesta fase, por terem surgido depois, serão atendidas em data ainda a ser definida pela administração municipal.
Nas travessas e becos agora atendidos com redes de drenagem e pavimentação, a Prefeitura já está assentando as tubulações para o abastecimento de água. De acordo com a Cedae, que está ampliando a rede de água para Macaé, o Lagomar será beneficiado, em breve, com o abastecimento de água potável.
Lagomar – “Um novo local para viver”
Um novo local para viver. Assim a moradora Jucélia César da Conceição Silva, 43 anos, comemora as melhorias na comunidade onde reside há quatro anos e onde também trabalha, num restaurante na W5. Segundo a moradora, o Lagomar mudou muito e mudou para melhor. “Quando vim residir aqui, poucas ruas tinham calçamento. Era barro e poeira ou muita lama quando chovia. Trabalhar, só na cidade, porque o bairro não oferecia nada. Hoje, é outra história. Todo o bairro mudou, com muito emprego, rede de esgoto, calçamento, UPA, escolas, inclusive estão construindo mais uma. Quando me mudei, vim sozinha para trabalhar. Agora muitas pessoas chegam a cada dia para morar e trabalhar, como minhas filhas, que vieram com suas famílias de Itaboraí. Falta a água, mas soube que não vai demorar a chegar. Estou feliz”, disse Jucélia.
Iraci Pereira, 48 anos, residente há 10 anos no Lagomar, também comemora as mudanças. “Calçamento nas ruas, UPA, escolas, iluminação pública, um comércio muito bom. Não precisamos nem sair daqui para comprar, temos de tudo. Antes era muito barro e lama, nem podíamos andar nas ruas. Hoje, posso dizer que vivo num bairro, num local decente”, disse Iraci.
Com 73 anos e residente quase há 30 anos no Lagomar, Plínio Leite fala sobre o bairro e as melhorias que a comunidade vem recebendo. “Sou do tempo que não havia nada aqui, não tinha rua, era restinga, tudo escuro e sem ônibus. A Lagoa dos Patos, da qual hoje quase nem vemos água, era usada por muitos como lazer, para banho. Eu vinha da Barra para vender refrigerante aqui para os banhistas. Hoje, o Lagomar tomou forma. É outro lugar, bem melhor para viver. A Prefeitura está de parabéns”, falou o senhor Plínio.
Como o bairro fica na divisa do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, uma das Unidades de Conservação com o maior número de pesquisas em desenvolvimento, é preciso tomar certos cuidados no processo de urbanização. As localidades que estão na área de amortecimento do Parque - ou seja, a área ao redor das Unidades de conservação, nas quais a atividade humana está sujeita a normas e restrições para minimizar o impacto negativo - não podem sofrer intervenções. É o caso, por exemplo, da Avenida Atlântica, que não foi asfaltada por estar na área de amortecimento.