Macaé comemora 193 anos

28/07/2006 15:52:05 - Jornalista: Simone Noronha

Levar o desenvolvimento trazido pela indústria do petróleo para todos os cidadãos. Este é o principal objetivo da prefeitura de Macaé, que está priorizando ações e obras voltadas para a área social. A capital nacional do petróleo, responsável por 80% da produção de petróleo e 42% da produção produção, está apostando em investimentos que a preparem para o futuro, com obras como o Complexo Universitário e a implantação dos pólos Industrial e Tecnológico.

A cidade está completando neste sábado 193 anos de emancipação político-administrativo com muita festa. O ponto alto das comemorações pelo aniversário da cidade é a Exposição Agropecuária Industrial e Turística, que está em sua 27ª edição. Para marcar o aniversário da cidade, show com o rei Roberto Carlos, às 23h.

Macaé é considerada um dos maiores pólos de desenvolvimento do estado. Os investimentos da indústria do petróleo transformaram a cidade, que até a década de 70 era mais uma cidade do interior, com a economia voltada para a pesca. Hoje, a realidade é outra. A população triplicou: de acordo com os últimos dados do IBGE, em 2005 eram cerca de 156 mil habitantes. Gente de todo o país e de mundo escolheu Macaé para viver em busca de oportunidades. Dez por cento da população é de estrangeiros.

Macaé está mais uma vez na lista das 100 melhores cidades brasileiras para se trabalhar, de acordo com pesquisa feita pela revista Você S.A., que está nas bancas esta semana. Este ano, a cidade está em décimo terceiro lugar no ranking nacional e em oitavo entre os municípios da região Sudeste. Entre as cidades que não são capitais do estado, Macaé é a primeira em vigor econômico, levando em conta o ISS e o PIB per capita. A pesquisa foi feita pela Fundação Getúlio Vargas.

O dinamismo da economia de Macaé, a infra-estrutura para grandes empreendimentos e as facilidades para negócios somaram pontos para o município ser apontado como o terceiro do estado com o maior Índice de Qualidade Municipal (IQM), segundo levantamento da Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro (Cide). A cidade subiu duas posições, impulsionada pela cadeia produtiva do petróleo e gás, em relação à última pesquisa que mediu o índice, feita em 1998.

- Somos uma cidade diferenciada, que exige mão-de-obra qualificada. Por isso, nossa preocupação maior é com educação. Queremos fazer com que todos se sintam inseridos na cadeia produtiva do petróleo, comentou o prefeito Riverton Mussi.

Só este ano, já foram inauguradas 154 novas salas de aula. Além disso, a prefeitura investiu na construção de uma escola-modelo, voltada para o ensino fundamental, com quadra poliesportiva, piscina e capacidade para atender cerca de 1,8 mil alunos por dia. O município também investe na qualificação profissional, com a Escola Municipal de Informática, que está sendo levada também aos distritos da região serrana. Serão seis unidades, que vão beneficiar cerca de três mil pessoas.

Apesar de não ser de responsabilidade do município, a prefeitura está investindo também no Ensino Superior, com a construção do Complexo Universitário em uma área de 95 mil metros. O Complexo vai reunir universidades públicas e privadas. As obras já começaram. Outros investimentos feitos pela prefeitura para alunos do ensino superior são a criação da Bolsa Universitária, para alunos matriculados em instituições de Macaé, e o Transporte Social Universitário, que atende a 2,7 mil pessoas que estudam em outros municípios.

Na área de Saúde, além dos programas e serviços oferecidos à população, como a Farmácia Municipal, a prefeitura investe também em tecnologia e na capacitação profissional. O Hospital Público Municipal (HPM), em parceria com a iniciativa privada, implantou o Centro de Educação Continuada em Trauma e Telemedicina, o primeiro do gênero da América Latina. O Centro está equipado com tecnologia de ponta e tem o aval do serviço de saúde britânico. Também está sendo construído o Hospital do Trapiche, para atender à população da região serrana, o Hospital Municipal da Mulher.

Para preparar a cidade para o futuro, a prefeitura investe principalmente em obras de infra-estrutura, como saneamento e melhoria das vias de acesso. A verba dos royalties pagos pela Petrobras é responsável por boa parte destes investimentos, como a construção da Linha Azul e de estações de tratamento de esgoto.

Macaé conta hoje com três estações de tratamento de esgoto em funcionamento, que atendem a cerca de 50% da população. Está sendo construída a Estação da Linha Verde, e serão feitas mais duas. Com as três novas funcionando, o município terá capacidade de tratar o esgoto além do número de moradores.

A Empresa Municipal de Habitação, Urbanização, Saneamento e Águas (Emhusa) está dando encaminhamento à política habitacional do município, agilizando processos de financiamento junto à Caixa Econômica, abrindo oportunidade para reduzir o déficit habitacional. O foco é voltado para a população de baixa renda. Na área de habitação, a prefeitura construiu 321 casas populares, já entregues. Só este ano, foram investidos R$ 16 milhões em habitação.

Com fama de Eldorado em todo o país, devido ao crescimento trazido pela indústria do petróleo, Macaé também tem problemas, principalmente sociais. Atraindo famílias de todo o país, a cidade tem dificuldades como qualquer outro município em desenvolvimento, Para atender a esta demanda, a prefeitura conta com mais de 100 programas e projetos sociais, que dão assistência desde a gestante até o idoso. Entre os projetos, estão o Nova Vida e o Sem Fronteiras, que dão a jovens a oportunidade do primeiro emprego.

E para preparar a cidade para o futuro, a prefeitura de Macaé está trabalhando na implantação do Pólo Industrial, lançado durante a Feira Brasil Offshore, no ano passado. O Pólo Industrial já despertou o interesse de cerca de 200 empresas. Emprego e renda O município também já iniciou estudos para a implantação do Pólo tecnológico, que pretende atrair empresas de alta tecnologia.
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Boa para trabalhar, boa para viver

Apesar de ser um município com a economia forte e repleta de grandes empresas, Macaé ainda guarda a essência de cidade do interior. Os índices de qualidade de vida confirmam: além de ser boa para trabalhar, a cidade também é um ótimo lugar para se viver.

Os investimentos na área social aplicados pela prefeitura de Macaé somaram pontos para a cidade ter obtido o título de segunda cidade mais dinâmica do país. Macaé investe 3,4 vezes mais que a média nacional na área social, representando um gasto anual de R$ 1.450 por habitante.

Com uma localização privilegiada, a 182 quilômetros do Rio de Janeiro, Macaé tem uma boa infra-estrutura de estradas, com ligação direta à BR-101, principal rodovia do país. A cidade conta ainda com um Aeroporto, o maior da América Latina em número de pousos e decolagens de helicópteros, atendendo principalmente o setor offshore. O Aeroporto está sendo ampliado para receber aeronaves de grande porte e vôos internacionais.

A cidade também tem um grande potencial energético. Estão instaladas em Macaé duas usinas termelétricas, a El Paso e a Norte Fluminense. Além da Petrobras, o município conta com cerca de cinco mil empresas voltadas para o setor offshore, desde as gigantes multinacionais, como Halliburton e Schlunberger, até empresas prestadoras de serviço.

A cidade conta ainda com uma boa rede de ensino, com campus avançados de universidades, e uma rede de saúde integrada que atende a toda a população. Macaé conta também com um hospital de referência regional, o Hospital Público Municipal Dr. Fernando Pereira da Silva.

Os royalties pagos pela Petrobras pela exploração do petróleo são os principais responsáveis pelas obras de infra-estrutura do município, com saneamento básico e malha viária. A verba corresponde a quase metade do orçamento da prefeitura, que investe em obras que garantem o desenvolvimento. Estradas como a Linha Azul, uma pista de mão dupla com seis pontes e 7,5 quilômetros, desafogam o trânsito do Centro da cidade e facilitam o acesso a caminhões de grande porte.