Macaé está incluída no projeto Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro, que vai de Maricá até a Capital do Petróleo. A informação foi passada durante uma reunião, na manhã desta quarta-feira (19), realizada na Fazenda Campos Novos, em Cabo Frio, com representantes dos municípios envolvidos no projeto, junto com o Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM), Instituto de Tecnologia de Zurique, Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e outros órgãos estaduais.
De Macaé estiveram presentes o secretário de Ambiente, Maxwell Vaz; a coordenadora da Unidade de Conservação, Nara Martins; e a técnica em meio ambiente e engenheira florestal da SEMA, Alessandra Veloso.
A representante do DRM, Kátia Mansur, explicou que entre os dias 1º de outubro e 1º de dezembro deste ano, o projeto será apresentado à Unesco, entidade que dá a chancela de Geoparque, e que a resposta deve sair entre julho e agosto do ano que vem. “Para apresentarmos este projeto precisamos do apoio da população local, da interação da comunidade e de projetos de educação ambiental, exigidos pela própria Unesco”, informou.
Segundo Kátia, a Unesco é muito rigorosa na hora de dar o selo e destacou que em todo o mundo existem aproximadamente 67 Geoparques e que no Brasil há apenas um, localizado no Ceará – o Geoparque Araripe. “O selo dá a oportunidade do local ser reconhecido mundialmente. Existe uma rede de Geoparques, que um indica o outro, e o turista internacional é muito interessado neste assunto”, enfatizou.
Macaé está participando com o Arquipélago de Sant’Ana, costões rochosos - entre as praias Campista e Cavaleiros e ainda há uma possibilidade do Parque de Jurubatiba entrar na área. “Estamos avaliando a possibilidade de ampliarmos a área do Geoparque até Campos, mas para isso, precisamos incluir o Parque Nacional de Jurubatiba, é uma intenção nossa”, revelou Kátia.
O secretário de Ambiente, Maxwell Vaz, considerou o projeto fantástico. “Achei a proposta espetacular e a gente tem muito interesse na área apresentada. É importante desenvolver o turismo sustentável, além de preservar o ambiente. A área do projeto é grande e isso atrai muito o visitante, pois dá a oportunidade a ele de ir a várias cidades e ficar 15 dias tranquilamente na região, pois o que ele quer é muita diversão e aqui ele vai encontrar. Acredito que este Geoparque será um sucesso muito grande e pode contar com o apoio de Macaé para construir essa política pública”, afirmou.
A representante do Instituto de Tecnologia de Zurique, Gisele Vasconcelos, informou que o projeto atende a todas as exigências da Unesco e por isso a expectativa é muito boa. “Nós já temos placas de sinalização em muitos locais e temos o projeto Geológico Caminhos de Darwin, que é todo sinalizado, já há quatro rotas turísticas e pretendemos desenvolver mais. Há projetos de educação ambiental em desenvolvimento, a região é belíssima e agrega vários sítios geológicos”, explicou.
O que é um Geoparque
Segundo a definição da Unesco, um geoparque é um território de limites bem definidos com uma área suficientemente grande para servir de apoio ao desenvolvimento sócio-econômico local. Deve abranger sítios geológicos de especial importância científica (e que sejam representativos de parte da história geológica da Terra, seus eventos e processos). Além do significado geológico, pode apresentar relevância ecológica, arqueológica, histórica e cultural. Os geoparques estão organizados numa Rede Global.