O plantio de 56 mudas, oferecidas pela Secretaria de Ambiente da Prefeitura de Macaé aos organizadores da Feira Internacional de Artesanato (Interart/Macaé), para neutralizar o Gás Carbônico (CO2) e minimizar o impacto ambiental aconteceu na manhã deste domingo (1), no bairro Barramares, próximo ao Centro de Convenções Roberto Marinho, sede do evento.
Além de valorizar o artesão, a Interart tem o compromisso com a sustentabilidade. Preocupados com o futuro do nosso planeta, os organizadores do evento buscam valorizar o meio ambiente através de ações ecologicamente corretas. Dentre as ações estão, a coleta seletiva de lixo. Ao longo da feira é possível encontrar os cinco tipos de lixeiras (recipientes para plásticos, vidros, metais, papéis e orgânicos).
Outra importante ação é o reflorestamento. Em contato com o secretário de Ambiente, Maxwell Vaz, o diretor da Feira, Osvaldo Almeida Júnior conseguiu colocar em prática esta importante ação. “No final do evento, faremos um calculo de quantos carros e pessoas vieram para o evento. Esta soma gera um impacto ambiental. A emissão de CO2 é uma das nossas preocupações”, disse, Osvaldo ressaltando a importância de contribuir com o meio ambiente.
Osvaldo afirma que este tipo de atitude beneficia todo o planeta. E as três espécies de mudas plantadas representam uma determinada região: o Araçá (representa a origem do evento, Araçatuba/SP); a Macaúba (representa Macaé); e o Pau Brasil (representando o país).
Na oportunidade, os índios Pataxós, da tribo Coroa Vermelha, de Santa Cruz de Cabrália (BA), contribuíram com o plantio. Acostumados a lutar e a preservar o meio ambiente, os índios batizaram o local, na língua patxohã. Dezenas de crianças puderam conhecer a cultura indígena e tiveram a oportunidade cultivar a terra ao lado de índios pertencentes a mesma tribo que recepcionou Pedro Alvares Cabral, durante o descobrimento do Brasil, há 512 anos.
O momento histórico vai ficar registrado para sempre na memória dessas crianças. Pensando nisso, o secretário de Ambiente se comprometeu em comum acordo com os moradores do bairro, batizar a futura reserva como “Aldeia Coroa Vermelha”, em homenagem ao pai do índio Jupará, que ajudou no plantio das mudas, o guerreiro Manuel Santana (Tigé Pataxó). Será criada uma placa de inaugural que ficará fixada no local.
- Este tipo de reflorestamento é um grande projeto. Em nossa aldeia a gente pratica ações como esta todos os dias. Com tantas construções e edificações está difícil encontrar reservas florestais. Temos que reflorestar nosso país. Agradeço a vocês por esta iniciativa, disse Jupará.
O presidente da Associação de Moradores o bairro, Francisco Assis, conhecido como Ceará, agradeceu presença dos índios e a realização do antigo sonho de criar a área verde na comunidade. “Este sonho existe há doze anos. Queremos transformar este pedaço de terra em um bosque, uma área verde que a população terá para passear. Sem dúvida, este momento é histórico. Concretizamos nossos sonhos e ainda na presença de importantes representantes da nossa história”, concluiu.
