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Macaé participa de oficina de monitoramento da febre amarela

20/12/2017 15:23:00 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Foto: Divulgação

Equipe informou durante oficina que 192 mil pessoas foram vacinadas na cidade

Com a chegada do Verão nesta quinta-feira (21), os riscos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti aumentam. Durante muitos anos, a doença mais comum na estação era a dengue, mas, nos últimos anos, outras patologias têm acometido a população como zika, chicungunha e febre amarela.

Dentro desta perspectiva, a Prefeitura de Macaé realiza uma série de ações para evitar uma epidemia destas doenças no município. Esta semana, uma equipe de profissionais das Secretarias de Saúde, Meio Ambiente e Ordem Pública participou de uma Oficina de Trabalho de Monitoramento da Febre Amarela, promovida pela Secretaria Estadual de Saúde, Fiocruz, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ) e Secretaria do Meio Ambiente de Guapimirim.

O objetivo do evento foi capacitar os técnicos para monitorar o vírus da febre amarela, por meio da identificação de primatas não humanos (PNH) e vetores contaminados com o vírus. Na ocasião foram abordados os seguintes temas: o PNH do Rio de Janeiro e sua importância para a vigilância da febre amarela; Estratégia de Vigilância; Prevenção e Controle e Atualização sobre Febre Amarela no Estado do Rio de Janeiro, onde Macaé foi destacada pela eficiente cobertura vacinal.

O município preparou ao longo do ano um esquema especial, com vários pontos de aplicação da vacina, inclusive com atendimento 24 horas. De acordo com dados atualizados do Programa de Imunização, 192 mil receberam a vacina. A cidade registrou este ano, cinco casos confirmados da febre amarela, sendo que dois óbitos. É importante lembrar, que os casos são da forma silvestre. A febre amarela urbana não existe no Brasil desde 1942 e é transmitida quando o mosquito urbano, o Aedes aegypti, pica uma pessoa doente e depois pica outra pessoa suscetível, transmitindo a doença. Exatamente como acontece com a dengue, zika e chikungunya. Portanto, a febre amarela silvestre é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes que vivem nas matas e a febre amarela urbana é transmitida pelo Aedes aegypti que vive nas cidades.

Outro ponto importante da oficina foi apresentação do funcionamento do aplicativo Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo). O SISS-Geo existe para gerar, a partir de observações georreferenciadas de animais, modelos de alerta de doenças na fauna silvestre, especialmente aquelas com potencial de acometimento humano, possibilitando ações de vigilância e prevenção à saúde.

O SISS-Geo integra o Centro de Informação em Saúde Silvestre (CISS) da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). É um sistema e uma ferramenta on-line de monitoramento da fauna silvestre e de epizootias de primatas (morte de macacos). São investigados os vetores, os primatas não humanos, mortos ou doentes, e a região de ocorrência dos casos.

Trabalho - A Prefeitura de Macaé busca a qualificação dos profissionais para que eles possam oferecer serviços de qualidade à população, visando ao controle de endemias. Apesar de todos os esforços, o período do verão se caracteriza por temperaturas elevadas e chuvas, o que torna propícia a disseminação de doenças.

Segundo a secretaria de Saúde, para evitar o surto de doenças, a participação da população durante todo o ano é fundamental, deixando o quintal livre de possíveis criadouros de mosquitos. Os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver por mais de um ano num recipiente seco, mas no primeiro contato com a água eles eclodem e formam larvas de mosquito.


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