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Macaé recebe Carretinha da Saúde até esta terça-feira

10/09/2012 14:40:00 - Jornalista: Jersey Simon - estagiário

Foto: Guga Malheiros

Quem estiver de passagem pela Praça Veríssimo de Mello entre esta segunda-feira (10) e terça-feira (11), das 8h às 17h, terá a oportunidade de se consultar gratuitamente com dermatologista. Os atendimentos visam identificar possíveis pacientes de hanseníase, e integram o Projeto “Carretinha da Saúde”, uma iniciativa do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN) em parceria com empresas privadas e as secretarias Estadual e Municipal de Saúde.

A Carretinha da Saúde, que conta também com o apoio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, é um caminhão itinerante, com três consultórios e sala de espera. Enquanto aguardam para serem atendidos, os pacientes recebem informações sobre a doença, os sintomas e as possíveis complicações. Só na primeira hora de atendimento desta segunda-feira, 50 consultas foram realizadas.

Uma delas foi com a dona de casa Sandra Albuquerque, que aprovou a iniciativa.

- Atividades como estas são muito importante. Muitas pessoas não vão ao médico devido à correria. Um consultório móvel facilita o dia-a-dia de todos, e ajuda aqueles que, por algum motivo, tem vergonha ou preconceito de procurar ajuda. A consulta é rápida, mas bastante esclarecedora, e o ambiente é muito agradável, tem até música, conta.

No ranking da hanseníase, o Brasil é o país que apresenta mais casos da doença no mundo, são aproximadamente 14 mil identificados por ano. Segundo a coordenadora do departamento de artes do MORHAN, Brenda Menezes, o maior problema ainda é o preconceito.

- Por falta de informação as pessoas acabam confundindo a hanseníase com outros problemas de pele como acontecia antigamente, quando todas as doenças dermatológicas eram tradas como lepra. Estamos aqui para difundir informação, alertar, principalmente por causa das sequelas desta patologia, explica.

De acordo com o gerente do Programa Municipal de Dermatologia Sanitária, Cláudio Guimarães, os principais sintomas da doença são manchas brancas ou avermelhadas sobre a pele, dormência e perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato, além de diminuição da força muscular.

- Vale lembrar que a hanseníase não apresenta coceiras na pele, e que as sequelas que a doença deixa são graves. O paciente pode até ficar com alguns movimentos da mão paralisados. O nervo pode atrofiar e perder a função, é o que chamamos de garra ulnar, explica o médico.

Guimarães lembra que todos os estágios da doença têm cura e o tratamento pode ser feito gratuitamente na rede pública de saúde.
- Temos médicos, enfermeiros e fisioterapeuta na equipe. Caso necessário, o paciente pode ser encaminhado para o Centro Municipal de Reabilitação. Atualmente, a média é de 22 pacientes em tratamento, pontua.


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