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Macaé recebe Carretinha da Saúde contra a hanseníase

05/09/2012 11:13:00 - Jornalista: Genimarta Oliveira

A Secretaria de Saúde de Macaé, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN), promove na próxima semana - segunda e terça (10 e 11) - na Praça Veríssimo de Mello o projeto “Carretinha da Saúde”, que visa difundir informações e oferecer serviços de diagnóstico da hanseníase. O projeto conta também com o apoio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde.

Segundo o gerente do Programa Municipal de Dermatologia Sanitária, Cláudio Guimarães, o objetivo principal da ação é a identificação de possíveis casos da doença para o encaminhamento imediato dos pacientes ao tratamento, de forma a evitar a ocorrência de sequelas.

Ele acrescenta que a atividade também é importante para difundir informações sobre o tema e contribuir para o enfretamento do preconceito que ainda envolve a hanseníase. Em Macaé, 22 pacientes estão em tratamento, que em média dura entre seis e 12 meses.

A Carretinha da Saúde é um caminhão itinerante, com três consultórios e sala de espera. No veículo, todos recebem informações sobre a doença e seus sintomas, se consultam com um médico, realizam um exame para identificar se estão com hanseníase. O funcionamento será de 8h às 17h.

A secretária de Saúde, Liane Machry, ressalta que o diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento seja realizado com sucesso, evitando a transmissão da doença para outras pessoas.

- A identificação da doença é indolor, feito a partir da observação da pele de nervos periféricos e da história epidemiológica do paciente. Em casos excepcionais são necessários exames laboratoriais complementares, disse.

De acordo com a enfermeira do Programa Municipal de Dermatologia Sanitária, Tereza Ribeiro da Fonseca, cerca de 15 profissionais estarão atendendo a população. Ela ressalta a importância das pessoas se observarem mais, e a qualquer sinal de mancha procure um médico.

- O preconceito é muito forte ainda, o que afasta os pacientes do diagnóstico precoce e das unidades de saúde. Por isso, ações como essa são fundamentais, disse lembrando que o tratamento é totalmente gratuito.

Além de médicos e enfermeiros, a equipe é composta por fisioterapeuta. O profissional faz a avaliação fisioterápica dos pacientes e se houver necessidade os mesmos são encaminhados para tratamento no Centro Municipal de Reabilitação.

Hanseníase – De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 47.000 casos novos são detectados a cada ano, sendo 8% deles em menores de 15 anos.
Os profissionais alertam que os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior (secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro). O paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite.

- A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolve a doença. Somente um pequeno percentual de pessoas, adoecem. O período de incubação da doença é bastante longo, variando de três a cinco anos, frisou a enfermeira.

Os sintomas da doença são manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato, como também áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor e diminuição da força muscular.