O lançamento do Projeto Jogos Limpos, do governo do estado, que tem o objetivo de neutralizar o carbono das Olimpíadas de 2016 e da Copa de 2014, no Rio de Janeiro, aconteceu no fim da manhã de quarta-feira (21), na Reserva Biológica União. Na ocasião, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e a vice-presidente do Inea, Denise Rambaldi, anunciaram que o estado pretende plantar 24 milhões de mudas de árvores até os jogos e que todas as ações dos municípios voltadas para o plantio são bem-vindas para a contabilização.
- Todo o cálculo será monitorado e não basta plantar, é preciso cuidar para que elas cresçam e possam capturar o carbono das ações, pois uma árvore só capta o carbono após três ou quatro anos de crescimento”, explicou Carlos Minc.
Na ocasião, o secretário de Ambiente de Macaé, Maxwuell Vaz, representou o prefeito Riverton Mussi e anunciou que apenas no dia de hoje, Dia da Árvore, Macaé plantaria duas mil mudas em uma Faixa Marginal de Proteção e, com certeza, entrará na contabilidade do estado. “Vamos plantar hoje duas mil mudas e como é uma área de condicionante o empreendedor tem que cuidar três anos nas mudas para garantir o crescimento delas. Além disso, neste ano, nós batemos o recorde de plantar mil árvores em 15 segundos e todas as mudas estão sendo vistoriadas e cuidadas”, reforçou.
Carlos Minc cumprimentou a iniciativa do município e ressaltou que todas as cidades devem ter atividades como esta. “Os municípios podem fazer os seus projetos e os hortos municipais são importantíssimos para conseguirmos atingir os 24 milhões de mudas”, disse.
- Quando o Rio se candidatou para as Olimpíadas, a neutralização do carbono das obras, as melhorias do transporte e outras atividades que serão realizadas, já estavam como um compromisso do estado. É um legado limpo que iremos deixar e a expectativa é que restauraremos cerca de nove mil hectares de áreas devastadas. Além disso, pretendemos gerar pelo menos dois mil empregos diretos com os plantios”, explicou Denise.
Maxwell aproveitou o seu discurso para defender os royalties. “Nossa região é muito impactada e precisamos continuar firme na luta pelos royalties do petróleo para que não seja mexido nos valores do óleo que já está em produção. Estamos aqui reunidos, vários municípios, e temos que defender isso. Temos que esclarecer para nossos vizinhos e nossos amigos que os royalties são uma compensação e que só começamos receber este dinheiro quinze anos depois da instalação da Petrobras em Macaé e é com esse recurso que vamos conseguir plantar mais, proteger mais e cuidar da nossa biodiversidade”, finalizou.
O coordenador regional do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Marcelo Pessanha, falou da importância dos órgãos reunidos e mais uma vez Macaé foi citada. “Hoje, estamos aqui com representantes do governo federal, estadual e municipal e isto é importante para que consigamos conquistar os nossos desafios. Estamos felizes em ser o primeiro local a receber o plantio de algumas das 24 milhões de mudas e de ser sede deste lançamento. Mas, hoje, eu queria fazer um agradecimento ao secretário Maxwell Vaz que inovou e, Macaé é o primeiro município do país que fez uma compensação ambiental, através de um licenciamento, voltada para um parque federal. Muito obrigado, vocês inovaram e são exemplos para todos”, afirmou.
Para finalizar, Marcelo revelou que o ICMBio está estudando a duplicação da BR-101 sentido Rio de Janeiro. “Recebi essa incumbência de tratar com carinho a duplicação da BR-101, no que tange o espaço que está a Rebio União. Gostaria de informar que estamos formando um grupo de estudos, com vários especialistas, já entramos em contato com a Unicamp, para fazer as adaptações de passagem de fauna e outros detalhes. Já estamos em uma discussão bastante avançada em relação à duplicação para que ela saia de forma rápida”, finalizou.