Uma grande mobilização aconteceu, na sexta-feira (6), na Ilha Colônia Leocádia, com a participação da comunidade local e de técnicos ambientais. O objetivo foi preservar o meio ambiente, através da recuperação da FMP – Faixa Marginal de Proteção de um braço do Rio Macaé, através do reflorestamento de mais de 800 mudas.
Durante todo o dia as equipes trabalharam no local com a preparação de covas e o plantio de mudas de espécies frutíferas e de valor cênico como Ipê roxo e amarelo, sapucaia, aroeira, pau-brasil, sibipiruna, urucum, quaresmeira e outras.
O secretário de Meio Ambiente, Maxwell Vaz, que esteve à frente desta ação, disse que esta já é a segunda fase do trabalho de recuperação da FMP daquele braço do Rio Macaé, de valor ecológico que compõe a comunidade das Malvinas, uma das áreas mais populosas de Macaé, com mais de 13 mil moradores, localizada no bairro Botafogo, situada no Setor Administrativo 3 (SA 3).
- O apoio da comunidade é fundamental nesse processo de recuperação do meio ambiente numa área que foi degradada pela ação do homem e que possui uma função ecológica e de drenagem importante. A perda da cobertura florestal e a fragmentação dos remanescentes comprometem a biodiversidade e os serviços ambientais da Mata Atlântica, por isso, temos que promover ações integradas e fazer cumprir nosso compromisso com o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, protegendo os seres vivos que hoje estão nas vegetações nativas – disse.
Intervenção - A FMP da Ilha Leocádia sofreu intervenção do município através do projeto Macaé Sem Favelas, que identificou a existência de Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) e que objetivou, entre outras coisas, remover as casas localizadas em áreas com risco de deslizamentos e inundações e oferecer condições para que as famílias ribeirinhas do trecho urbano do Rio Macaé, adquiram a casa própria, com contrapartida de recursos próprios da prefeitura.
No caso da Ilha Leocádia, mais de 70 famílias que habitavam na faixa de proteção marginal do Rio Macaé foram remanejadas para o condomínio Bosque Azul. Ao remanejar as famílias o município cumpre um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta para com o Ministério Público. “A recuperação daquele local é um compromisso da prefeitura em devolver o espaço físico ao estado primitivo, por isso a presença da Semma é muito importante, não só para a população acompanhar o que está sendo feito pelo governo na preservação do meio ambiente, como também para inibir novas ocupações irregulares”, acentuou a procuradora Maria Auxiliadora Ferreira (Dodora).
Para Luzinete Lira, residente na Colônia Leocádia, há mais de 10 anos, essa intervenção é bastante positiva para o meio ambiente. “Eu acho positiva, porque ao plantar as árvores tanto o meio ambiente quanto o homem ganham em saúde”.
A ação de reflorestamento da FMP contou com a parceria do presidente da Associação de Moradores Ilha Colônia Leocádia, Roberto Ramalho, que mobilizou os moradores.
