Foto: Ana Chaffin
Semanalmente, técnicos do órgão vão ao local, com o barco contratado, para o monitoramento da Lagoa
Um trabalho realizado rotineiramente pela coordenadoria de Recursos Hídricos da secretaria municipal de Ambiente é o monitoramento da qualidade da água e do nível da Lagoa de Imboassica. Este mês faz um ano que o trabalho é desenvolvido. Semanalmente, técnicos do órgão vão ao local, com o barco contratado, para o monitoramento da Lagoa, e analisam cinco pontos estratégicos do corpo hídrico.
O monitoramento da Lagoa é realizado por um equipamento que mede o PH, oxigênio dissolvido, salinidade, condutividade, resistividade, sólidos totais dissolvidos (STD) e temperatura da água. O secretário de Ambiente, Maxwell Vaz, salientou que existem outros itens monitorados no ecossistema.
“Fazemos o controle da fauna, flora, qualidade da água, nível da água, fiscalização e educação ambiental. Em todos estes trabalhos nós utilizamos o barco do monitoramento ambiental, que foi contratado pela prefeitura, através da secretaria de Ambiente, para que os técnicos possam chegar em todos os pontos da Lagoa. Sem o barco é impossível fazer este trabalho”, frisou.
Os dados obtidos no monitoramento estão dentro do padrão da Resolução 357/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e indicam que a Lagoa está viva, ou seja, há vida na Lagoa.
“Com o decorrer do trabalho, podemos observar que a fauna silvestre – animais como capivaras, garças, biguás, preás e jacarés – voltou a habitar a lagoa e isso aconteceu porque tem alimento, tem peixe e a cadeia alimentar se reestruturou no ecossistema. Isso é muito gratificante, pois é fruto do trabalho diário realizado pela secretaria de Ambiente”, enfatizou
O pH da lagoa se encontra em um nível básico. A média dos cinco pontos analisados está em 8,7. O pH é um dos parâmetros mais importantes e freqüentes na avaliação química da água, pois as fases do tratamento da água como neutralização, precipitação, coagulação, controle de corrosão e outras são dependentes do pH. Pode-se dizer que os valores do pH da lagoa se encontram na faixa ideal, já ele deve estar entre 6 e 9 (CONAMA 357/05).
O nível do oxigênio dissolvido está excelente, uma média de 8,5 mg/L. De acordo com o CONAMA, para existir vida em um corpo hídrico com as características da Lagoa, é necessário que este dado esteja acima de 5 mg/L.
Os demais parâmetros analisados semanalmente pelos técnicos da secretaria também estão de acordo com os padrões de qualidade do CONAMA 357/05.
Em relação à balneabilidade da Lagoa, os níveis de coliformes termotolerantes estão acima do permitido pelo CONAMA 247/00, ou seja a ela está imprópria para banho.
“Este trabalho de balneabilidade é feito em parceria com o Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT) e a cada três meses é refeito. No caso da lagoa é analisada a barra do corpo hídrico, e é importante que a população obedeça a sinalização, já que é uma forma de proteger a saúde da população”, finalizou o secretário.
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