Moradores do Bosque Azul assinam escrituras de casas

25/11/2006 11:10:41 - Jornalista: Catarina Brust e Marilene Carvalho

Luzimar Barbosa, faxineira de 38 anos, realizou neste sábado (25) o grande sonho de sua vida. Segurando firme a caneta, ela assinou a escritura definitiva de sua casa no Condomínio Cidadão Bosque Azul. “Quando recebi as chaves, foi uma imensa alegria. Hoje, esta alegria está em dobro, pois agora sinto que a casa é minha de verdade”, comentou. Luzimar e o marido, Paulo Sérgio da Silva, 43 anos, foram uma das 186 famílias que assinaram o documento neste sábado, na sede da Incubadora de Cooperativas, no bairro Nossa Senhora D’Ajuda.

O mutirão para as assinaturas das escrituras foi organizado pela Empresa Municipal de Habitação, Urbanização, Saneamento e Águas (Emhusa), com participação da Caixa Econômica Federal (CEF). No Condomínio Cidadão foram assentadas 307 famílias. As 186 escrituras entregues neste sábado fazem parte do primeiro lote de propostas aprovadas pela CEF. A Emhusa aguarda a conclusão da análise da Caixa para definir outra data para a entrega de mais um lote de escrituras.

- A Caixa entrou em parceira com o projeto, aportando recursos para o financiamento das unidades para as famílias de baixa renda. O recurso advindo dessa operação, será reinvestido em novas moradias populares. Está prevista a construção de mais 200 moradias, ao lado dessas que já foram entregues no Bosque Azul, explicou o presidente da Emhusa, José Cabral da Silveira.

Emocionada, Luzimar Barbosa, foi uma das primeiras moradoras a se instalar na nova casa no Bosque Azul. Ela, o marido e mais cinco filhos (duas gêmeas de 10 anos, e mais três meninos de 11, 14 e 15 anos) moravam numa casa sem reboco no Morro de Santana, e foram removidos pela prefeitura e Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), por estarem numa área de risco.

- Quando chovia entrava água por todo lado, ninguém podia dormir. A Defesa Civil esteve lá, e interditou a casa, porque as paredes estavam estufando. A prefeitura nos removeu para uma pousada, onde ficamos nove meses. Depois fomos um dos primeiros a mudar para o Bosque Azul. Gente, é outra coisa. Quando choveu esses dias, eu pensei: Ai Jesus! Muito obrigado, agora eu não passo mais por essa provação”, disse Luzimar.

Transcorrido o prazo de seis anos de quitação do contrato, os moradores que obtiverem a escritura de compra e venda, poderão dar a destinação aos imóveis de acordo com seus interesses. Durante esse período, está prevista a realização do trabalho técnico social no condomínio, conjugando diversos órgãos da prefeitura, entre eles, a Emhusa e as secretarias de Trabalho e Renda e de Promoção Social.

O trabalho de inclusão social visa fomentar a inserção no mercado de trabalho, a melhoria das condições de saúde e o aumento da escolaridade das pessoas que habitam no condomínio, além da inclusão em serviços que antes não tinham acesso, conta em banco. Durante a entrega das escrituras, neste sábado, a Caixa Econômica Federal fará a abertura de uma conta eletrônica (movimentada com cartão magnético) para cada um dos moradores que adquirir a escritura definitiva.