Foto: Claudia Barreto
Exposição "Mulheres, Museus e Memórias" aberta ao público no Solar dos Mellos diariamente, entre 9h e 17h neste mês
Valorização e reconhecimento de uma mulher cuja vida é um exemplo de serviço à sociedade macaense. Nesse ambiente, cerca de 60 pessoas marcaram presença no auditório Washington Luiz, porta de entrada do Solar dos Mellos, na noite desta sexta-feira (30), para homenagear dona Alba Corral, de 77 anos. A exposição que mostra a vida dela vincula-se à 5ª Primavera de Museus, intitulada “ Mulheres, Museus e Memórias” e pode ser vista no Solar dos Mellos diariamente, entre 9h e 17h, neste mês de outubro.
Essa exposição, constituída por fotografias, vídeo e materiais da antiga Indústria Bariloche, valoriza a história de Macaé de forma intensa, mostrando a trajetória de uma mulher que contribuiu e ainda contribui para a cidade. Dona Alba atuou como empresária, vereadora, secretária de Promoção Social, agente cultural e atualmente coordena os trabalhos da Agenda 21.
Todos os museus brasileiros estão expondo concomitantemente sobre o tema “Mulheres, Museus e Memórias”. Quem está organizando tal atividade cultural é o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
- Macaé não poderia deixar de homenagear dona Alba, uma mulher grande por sua simplicidade, comenta o vice-presidente de Acervo e Patrimônio Histórico da Fundação Macaé de Cultura, o professor de História Ricardo Meirelles.
Coral da Bariloche
Durante o evento, todos se emocionaram com a apresentação do coral da Bariloche, que na década de 70 levava seus cantores aos mais diversos municípios fluminenses e atuava em festas filantrópicas em Macaé. Esse coral era composto por funcionários dessa indústria têxtil, que marcou a vida de inúmeras pessoas.
Em 1985, o coral, coordenado por dona Alba, participou de homenagem a Antonio Alvarez Parada, o Tonito, no Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro. Na ocasião, cantou o Hino de Macaé para surpresa de Tonito, autor da letra.
Exposição
Na exposição estão disponíveis 11 fotos mostrando o maquinário da fábrica, seus funcionários, sua loja, seu prédio. Também pode-se ver uma lançadeira, que é uma peça em madeira que compunha o tear manual existente na Indústria Bariloche.
Ricardo Meirelles conta que cobertores fabricados nessa fábrica eram exportados para países europeus, como a Escócia. Cachecol, manta, meia, cobertor, roupas de malha, uniformes das escolas macaenses eram feitos nessa fábrica.
Vídeo
Uma entrevista concedida por dona Alba às historiadoras Conceição Franco e Gisele Muniz de mais de uma hora de duração está contida num vídeo no qual a entrevistada fala sobre como foi sua vinda do Rio de Janeiro para Macaé, em 1952.
Ela também conta sobre o início da Bariloche e outros assuntos. O vídeo pode ser visto durante a exposição.