A prefeitura de Macaé, através da secretaria municipal de Obras, continua as obras no bairro Lagomar. O bairro foi contemplado com projeto completo de urbanização, dividido em duas etapas. Na primeira etapa, cujas obras começaram no início de 2006, a prefeitura está investindo no bairro R$ 29 milhões em obras de infra-estrutura, incluindo construção de redes de drenagem de águas pluviais e esgoto e pavimentação de ruas.
Enquanto constrói as redes de drenagem em muitas avenidas e ruas e pavimenta outras, a prefeitura está pavimentando a Avenida Quissamã, que começa nas proximidades do Terminal Rodoviário e vai até a área de amortecimento do Parque de Jurubatiba, nas proximidades da orla marítima. A Avenida conta com quatro pistas e um canteiro central de quase 30 metros. É objetivo da prefeitura aproveitar a grande área do canteiro central para lazer da comunidade, com construção de jardins, quadras esportivas, quiosques e iluminação.
De acordo com o secretário de Obras, Tadeu Campos, parte da drenagem do bairro será feita no Canal Macaé/Campos. Como o canal não tem condições de drenar toda a água da localidade, para isso, serão usadas as lagoas, que têm que ser preservadas, para garantir a qualidade de vida dos moradores.
- É objetivo da prefeitura cercar, limpar e urbanizar as orlas das lagoas, transformando-as em área de lazer, evitando a especulação, que vem aterrando esses mananciais – disse Tadeu Campos.
O Lagomar
O Lagomar surgiu como uma área industrial, sediando hoje várias empresas que prestam serviço à área de petróleo da Bacia de Campos. Situado nas proximidades do centro da cidade, o Lagomar também, como em outras áreas de Macaé, não ficou livre da especulação imobiliária. Há cerca de 15 anos, várias áreas de cerca de cinco mil metros foram loteadas e vendidas, sem autorização da prefeitura. Nos loteamentos surgiram várias residências, o que foi transformando o bairro, aos poucos em área residencial, sem que local contasse com infra-estrutura para isso. Com o passar dos anos, o Lagomar foi crescendo e hoje conta com cerca de 30 mil moradores.
Por possuir vegetação de restinga e por se situar na área de entorno do Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba, o Lagomar é área de preservação ambiental. Antes do início das obras, quando chovia forte, as ruas principais sempre ficavam alagadas. Ao iniciar o projeto, a secretaria de Obras buscou solucionar o problema dos alagamentos, drenando as águas para o Canal Macaé/Campos, que passa próximo ao bairro.
Logo no início do seu governo, o prefeito Riverton Mussi instituiu, por decreto, o bairro Lagomar como Área Especial de Interesse Social, instrumento jurídico de que trata a Lei Federal nº 10.257/2001, denominada Estatuto da Cidade. Ao tomar essa medida, o governo municipal visou promover a regularização fundiária, o ordenamento de uso e ocupação do solo e criação de zona de amortecimento no entorno do Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba.
Na época, o prefeito destacou que fatores relevantes ocasionaram a decretação do Lagomar como Área Especial de Interesse Social: a elaboração do Plano Diretor para promover o redesenho da cidade; o número crescente de invasões de áreas públicas municipais (inclusive em áreas de risco); o número considerável de sub-parcelamentos de áreas particulares e a decisão judicial de se estabelecer uma zona de amortecimento no entorno do Parque Nacional de Jurubatiba para prevenir ocupações. Com essa medida, a prefeitura iniciou os estudos e elaborou o Projeto Lagomar, visando urbanizar a região, trazendo melhorias para a população.
O Lagomar ocupa área de 323 hectares (3.239.000 metros quadrados). Possui 54 quilômetros de ruas onde estão sendo colocadas as tubulações de esgotamento sanitário e drenagem, que são separadas. Após a instalação dessas redes, muitas ruas já estão sendo pavimentadas: as vias principais recebem asfalto e as demais calcetamento com paralelepípedos para ajudar na drenagem das águas pluviais.
O Lagomar tem várias avenidas e muitas travessas e conta com duas áreas com pequenas florestas, remanescente sde Mata Atlântica e que têm grande importância para o bairro. Situado em área plana, o Lagomar conta também com duas lagoas, a Lagoa dos Patos e o Baixio das Rãs. Anos atrás, havia um outro corpo d’água, o Parque das Árvores, que hoje não existe, porque a área foi toda aterrada. Segundo o secretário municipal de Obras, Tadeu Campos, a prefeitura está coibindo o aterro das lagoas do Lagomar, que são importantes para a drenagem do bairro.