Foto: Bruno Campos
Apresentação emocionou o público
Com muitas inovações desde o cenário até uma narrativa em off, o espetáculo da Paixão de Cristo, Jesus de Nazaré - o Príncipe da Paz, superou a estimativa de público, chegando aproximadamente a 700 pessoas por apresentação - a expectativa era de 400 pessoas. Realizado pela Prefeitura de Macaé através da Fundação Macaé de Cultura, a apresentação contou com a participação de mais de 60 artistas de Macaé e região, que emocionaram os presentes.
Com uma proposta inovadora e bem arrojada, o diretor Paulo Marcos de Carvalho abusou dos recursos de cenografia e iluminação. O texto mostrou com fidelidade trechos bíblicos da trajetória de Jesus, iniciado pelo batismo feito por João Batista até a ressurreição. “Focamos no perdão como também no amor ao próximo, esta foi a grande mensagem do espetáculo. Pois esta troca com o outro falta muito nos dias de hoje”, frisa ele.
A cenografia foi outro ponto alto do espetáculo com uma estética inovadora, utilizando nos objetos movimentos que integraram o cenário. “Esta manobra teve por objetivo um enfoque atual e inédito, proporcionando ao público a oportunidade de presenciar um espetáculo diferente e inovador”, salientaram os cenógrafos Frederico Guedes e Maicon Botelho.
Para a assistente administrativa, Laura de Sá, o texto retratou bem o olhar do Cristo sobre os pobres. “Esta apresentação deu uma conotação muito interessante, levando o público a refletir sobre a importância de valorizar o próximo como também uma grande demonstração de fé”, frisou.
Nesta encenação, Pôncio Pilatos, interpretado por Fernando Claussen, foi a grande revelação, com uma interpretação impecável, dando ao personagem uma presença magnífica em cena.
- Gostei muito do espetáculo. Achei interessante a peça retroceder na história para que todos pudessem entender o significado das ações de Jesus, enquanto homem, distinguindo-se dos imperadores e sacerdotes ao pregar o amor e acolher os pobres e pecadores, discriminados pelo sistema. Esse entendimento permite compreender os motivos pelos quais Jesus foi tão perseguido pelos grandes de sua época. As danças deram um toque especial, exótico, e quebraram um pouco a tristeza. Parabéns a todos que direta ou indiretamente participaram dessa bonita realização, ressaltou a vice-presidente da Fundação, Maria Auxiliadora de Moura Ferreira.