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Secretário de Governo, André Braga, e o urbanista Jaime Lerner detalham projeto
Duplicação da RJ 106 (Rodovia Amaral Peixoto), reforma da Orla de Imbetiba e construção da ETE da Virgem Santa serão as primeiras obras do programa Planejando Macaé. O lançamento do Programa Planejando Macaé abre as comemorações pelos 198 anos de emancipação político-administrativa do município nesta quinta-feira (28) e será realizado na Cidade Universitária, às 19h.
O evento contará com a presença do prefeito de Macaé, Riverton Mussi, do secretário de Governo e coordenador geral do Planejando Macaé, André Braga, do arquiteto, urbanista e ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, técnicos que acompanham o programa e diversas autoridades. Após o lançamento, acontecerá o Baile da Cidade.
Como um projeto pode mudar a cara de uma cidade que foi impactada pelo crescimento e ainda tem muito a desenvolver diante da perspectiva do pré-sal? Foi pensando nisso que a prefeitura de Macaé elaborou, em parceria com o escritório do urbanista Jaime Lerner, o Planejando Macaé. O projeto traz soluções para os desafios urbanos da cidade e propõe intervenções que irão refletir na qualidade de vida da população.
O objetivo do programa, de acordo com o secretário de Governo, é planejar o futuro de Macaé, tendo como base a realidade econômica e social oriunda da evolução histórica do município. Questões como mobilidade urbana e alagamentos, que impactam diretamente o dia a dia da população, foram os pontos de partida para a elaboração do Planejando Macaé.
Para desenvolver o programa foi formada uma equipe técnica local, composta por profissionais da prefeitura de diversas áreas, que acompanha todo o desenvolvimento do Planejando Macaé.
- Trabalhamos para preservar o passado, construir o presente e planejar o futuro de Macaé, que ocupa uma posição estratégica no cenário nacional já que o petróleo movimenta o mundo. Este é um marco histórico para o futuro da cidade. O programa foi desenvolvido a partir da reunião de propostas em associação aos Planos, Códigos e outros instrumentos públicos, com ações pontuais, que objetivam melhorar a qualidade de vida numa cidade impactada pelo crescimento dos últimos anos, como também planejar o município para os próximos 30 anos, devido à demanda que a cidade sofrerá por conta do Pré Sal, detalhou André Braga.
As propostas incluem intervenções urbanas importantes para o desenvolvimento econômico, social e cultural do município, proporcionando melhor qualidade de vida para a população, como a duplicação e requalificação para Boulevard da RJ-106, entre a Cancela Preta e a Praia Campista, Água Limpa (projeto de macrodrenagem e ampliação do saneamento básico), revitalização da Orla de Imbetiba e do Mercado de Peixes, Plataforma Cultural, no bairro de Imbetiba, implantação do Veículo Leve sobre Trilho – VLT, entre outras. O objetivo é criar identidades para os projetos urbanos que atuarão como módulos estratégicos para o planejamento da cidade.
Jaime Lerner fala sobre o Planejando Macaé
O Programa:
“Uma das principais preocupações foi conseguir definir uma estrutura urbana de crescimento principal da cidade e que essa definição acontecesse junto com a equipe local porque são eles que vão fazer a implementação dessas diretrizes. Criar uma estrutura de crescimento de vida, de trabalho e uma visão ambiental correta, principalmente no que diz respeito à drenagem. A inserção do que vai acontecer dentro da paisagem para que Macaé não seja um lugar de passagem, mas crie uma estrutura de vida, trabalho e lazer. Além disso, que seja uma cidade de grande qualidade de vida”, destaca o urbanista.
RJ 106 – Rodovia Amaral Peixoto e Mercado de Peixes:
“A Rodovia Amaral Peixoto, que corta a cidade de Norte a Sul, é um dos principais eixos do crescimento da cidade e principal via de trânsito. A rodovia que hoje é passagem da cidade ser transformada num Boulevard na estrutura da cidade, trabalhando com algumas acupunturas, alguns projetos que possam criar impacto em áreas e que serão importantes na cidade, como, por exemplo, o Mercado de Peixe que pode ser um grande ponto de encontro da cidade”, explica.
Plataforma Cultural
Para Lerner, a estrutura de crescimento tem que ter uma visão ambiental correta no que diz respeito à drenagem, à inserção do que vai acontecer dentro da paisagem para que Macaé não seja um lugar de passagem. “Se Macaé passou a ser origem de tantas culturas, de tantas pessoas que vieram de fora é necessário que elas tragam sua contribuição cultural. A Plataforma Cultural tem essa finalidade, com teatro, cinema e todas atividades daqueles que são originários de outros países”, pontua.
A importância da equipe local
“O grande avanço é a equipe local fazer esse processo. Nós temos a certeza que hoje existem profissionais da prefeitura que vão pegar o plano e contribuir com sua criatividade e fazer todo o processo. Estamos só no início e com a certeza de que tem uma equipe para consolidar o programa”, completa o urbanista.