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Prefeito: ‘Casa de Custódia só com aparelhamento da polícia’

12/04/2011 17:07:42 - Jornalista: Janira Braga

Foto: Robson Maia

Operação Falklands foi um dos assuntos

O prefeito Riverton Mussi (PMDB) ratificou nesta terça-feira (12), durante reunião no Fórum, do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), que o município condiciona a construção da Casa de Custódia ao melhor aparelhamento das polícias civil e militar. O prefeito citou a lei número 5850, de 28 de dezembro de 2010 – decretada pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e sancionada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) – que autoriza o Executivo estadual a conceder incentivos para municípios que construam casas de custódia.

- Esperamos um melhor aparelhamento da polícia, maior número de policiais, melhores condições técnicas e de logística para a polícia – pontuou. A ideia é que a Casa de Custódia - local onde ficam os presos aguardando julgamento para serem transferidos para presídios - fique longe do Centro de Macaé e dos distritos. Não existe área definida para a construção.

Todas as forças de segurança do município, inclusive a Subsecretaria Municipal de Políticas para a Mulher, participaram da reunião do GGIM, que agora é bimestral. A reunião discutiu o resultado da Operação Falklands – que prendeu traficantes, armas e drogas nas comunidades das Malvinas, Novo Botafogo e Nova Holanda – e as próximas ações para coibir a criminalidade em Macaé.

De acordo com o comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar, Cid Tavares, continua a ocupação da polícia na Nova Holanda. “Agora entramos em uma segunda etapa que é o estabelecimento de um núcleo policial dentro da comunidade. Vamos identificar um local para a base policial. Ainda não há local definido, mas será entre Nova Holanda, Botafogo, Malvinas e Nova Esperança”, disse.

Tavares ressaltou a importância da parceria entre prefeitura e forças de segurança para a redução do índice de criminalidade. “A marca do GGIM é a parceria e o entendimento entre os setores. Discutimos índice de criminalidade, avanços contra o crime, agendas e o grande ganho aqui é o entendimento”, comentou o comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar.

O coordenador do GGIM, Edmilson Jório, informou que foi ao Gabinete de Gestão Integrada Estadual na segunda (11), onde mostrou os serviços públicos que a prefeitura realiza nas comunidades e a necessidade da consolidação de uma força policial permanente.

- A Polícia Militar está presente, mas estamos pedindo ao Estado que dê um reforço. O Gabinete de Gestão Integrada Estadual montou um eixo temático composto por um representante do Instituto de Segurança Pública, outro da Polícia Militar, outro da Polícia Civil para que dia 9 de maio eles apresentem a solução para Macaé e definam de que forma o Batalhão vai receber recursos para consolidar essa situação – detalhou Jório, acrescentando que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) para Macaé está em negociação.

Segundo ele, a instalação de uma Companhia Destacada – citada pelo comandante da PM – seria um avanço. “Depois que a Companhia estiver instalada, entraremos com outras soluções. O Ministério da Justiça está acenando com o projeto Território da Paz, voltado para projetos sociais. A operação foi importante porque abriu portas, agora vamos ter acesso a essas portas”, prosperou.

O trabalho da prefeitura, em ações preventivas da área social, saúde e educação, foi elogiado pelo coordenador regional do Viva Rio, Alexandre Fernandes. “A formação do Gabinete de Gestão Integrada é algo que o Viva Rio sempre defendeu porque é um espaço para a sociedade civil e forças de segurança. Em Macaé, temos um problema sério migratório e só trabalhando com a cooperação de todos poderemos resolver”, analisou.

O Juiz da Vara Criminal, Rodrigo Alves; promotores criminais; o delegado da 123º DP, Sérgio João Lorenzi; a subsecretária de Políticas para a Mulher, Vânia Deveza, participaram da reunião, entre outros.


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