Foto: Érica Ferreira
Ações com o objetivo de captar e tratar todo o esgoto no município em quatro anos é meta da administração
O trabalho que a prefeitura realiza na área de saneamento básico foi apresentado na tarde de terça-feira (22) aos servidores da secretaria de Comunicação (Secom), jornalistas e fotógrafos de vários veículos de imprensa pelo presidente da Empresa Pública Municipal de Saneamento (Esane), o sanitarista Marcos Muffareg, em reunião que contou com a presença do secretário do Ambiente, Guilherme Sardenberg, e da secretária de Comunicação, a jornalista Ciça Guedes.
O presidente da Esane pontuou a visão com que a área de saneamento básico vem sendo tratada no município, na gestão do prefeito Dr. Aluízio: o setor como ação de saúde pública. “Sanear não deve ser visto só com o viés de captar, tratar o esgoto e oferecer à população água potável, mas deve ser observado como uma ação ambiental, para que a população viva num ambiente saudável, protegendo e melhorando as condições de vida da população, com ações socioeconômicas viáveis e sadias”, analisou Muffareg.
Em relação aos problemas sanitários, ele informou que cada um centavo aplicado em saneamento, significa poupar de 3 a 4 centavos em saúde, já que, como ação de saúde pública, os problemas sanitários estão relacionados ao meio ambiente. Um ambiente saudável proporciona melhoria na saúde e na qualidade de vida da população.
Segundo o presidente da Esane, 82,4% da população brasileira conta com água potável; a coleta de esgoto chega a 48,1% pessoas; 37,5% do esgoto recebe algum tipo de tratamento; o consumo de água no Brasil é de 162,6 litros por habitante/dia; o menor consumo é no Nordeste, com 120 litros por hab/dia; o maior consumo é no Sudeste, com 189,7 litros por hab/dia.
Um dado preocupante iniciou a descrição do saneamento em Macaé: é grande o desperdício de água no município, num momento em que parte dos países vivencia carência de água potável. Mais de 50% da água coletada é desperdiçada por vazamentos. Isso representa grande perda para o município, que conta hoje com 222.951 habitantes, num território de 1.216 quilômetros quadrados.
Muffareg comentou que, em janeiro de 2013, Macaé tinha 0% de esgoto tratado e apenas 28% da população contava com coleta de esgoto, que era coletado, mas lançado nos canais, rios e lagos. As Estações de Tratamento de Esgoto existentes estavam fora de operação e as elevatórias desativadas.
- A partir daí, a prefeitura iniciou a PPP, para coletar e tratar o esgoto. Essa PPP já contava com a empresa vencedora da licitação, a Foz do Brasil, que pelo cronograma de ações dividiu Macaé em quatro subsistemas: Mutum, Centro, Aeroporto e Lagomar - destacou.
A primeira ação da prefeitura foi colocar em funcionamento a ETE do Mutum, que estava desativada. Essa ETE foi desmontada, remontada e já está em funcionamento, tratando o esgoto nas localidades situadas no seu entorno, como Mirante da Lagoa, São Marcos, entre outras. Hoje, a ETE do Mutum capta e trata 20 litros de esgoto por segundo, em tratamento terciário, e já está sendo ampliada para tratar 40 l/s.
Os demais subsistemas e as ações com o objetivo de captar e tratar todo o esgoto no município em quatro anos é meta da administração.
A prefeitura destacou ainda ações realizadas na Região Serrana, onde a empresa tem sob a sua responsabilidade a captação e o tratamento do esgoto e da água que é servida à população.
A prefeitura também destaca alguns avanços na área do saneamento básico: obras e reparos nas ETES do Centro de Convenções, do Engenho da Praia, da ETE provisória de Glicério; ampliação da ETE do Mutum; limpeza de 12.000 metros de redes e fossas sépticas; novo Plano Municipal de Saneamento; participação no Comitê de Bacias e no Conselho Municipal de Meio Ambiente; projetos já prontos para iniciar as obras das ETES Central e do Aeroporto; funcionamento da ETE do Lagomar.
Encerrando, Muffareg pontuou que as ações de saneamento da prefeitura serão em definitivo. “A prefeitura está fazendo o conhecimento de toda a rede, para limpar e tratar o esgoto e dar qualidade de vida à população”, concluiu.