Foto: Flávio Sardou
O encontro reuniu cerca de 1,2 mil pessoas e apontou o Tepor como um dos principais projetos de apoio as atividades do setor de petróleo e gás
A segunda audiência pública do processo de licenciamento ambiental do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) aconteceu, na noite de quarta-feira (16), no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho. O encontro, que reuniu cerca de 1,2 mil pessoas da sociedade civil organizada, apontou o empreendimento como um dos principais projetos de apoio as atividades do setor de petróleo e gás para os próximos anos. A ideia foi apresentar os estudos de viabilidade ambiental e, ainda, discutir os impactos sobre os meios físicos, biótico e socioeconômico. Com a aprovação do público presente, o evento contou com mais de 50 inscrições para perguntas sobre o terminal.
O secretário de Obras, Antônio Pires, destacou que o governo apoia o empreendimento da Queiroz Galvão, localizado no bairro São José do Barreto. “A audiência pública é fundamental para o Tepor chegar a Macaé dentro de toda legalidade e, desta forma, atender a demanda de óleo e gás. A prefeitura quer o terminal portuário, pois iremos aumentar os índices de qualidade de vida da população com o desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda. A gestão municipal acompanhará esse crescimento com ações complementares”, explicou o secretário.
O representante da Masterplan Consultoria de Projetos e Meio Ambiente, Carlos Bizerril, afirmou que 17 municípios, entre São Paulo e Espírito Santo, disponibilizaram espaço para viabilizar o porto, porém, 13 foram descartados. “Macaé está entre os quatro, sendo indicado como uma das áreas mais adequadas para o terminal portuário. O projeto está localizado no centro da área do pré-sal”, acrescentou Carlos. Ele disse ainda, que a Queiroz Galvão estabeleceu uma parceria com a Fundação Municipal de Cultura (FMC) para receber possíveis materiais arqueológicos durante a fase de implantação do Tepor.
O consultor do Tepor, Alfredo Renault, falou sobre a necessidade de aumento da frota de barcos de apoio para atender as demandas de suprimentos (movimentação de cargas e logística) de toda a cadeia de petróleo e gás. Segundo ele, o setor, principalmente, pelas descobertas do pré-sal das Bacias de Campos e Santos, terá mudanças em escala. “A estimativa é que cerca de 700 novos barcos sejam necessários até 2020, pois até essa data já serão 107 unidades produtoras nessa região”, ressaltou.
O terminal, que terá capacidade para atracar 32 embarcações por dia, poderá gerar 7.400 empregos, que representam 5,2% do total do município, segundo a Queiroz Galvão. Desta forma, os estudos apontam para o crescimento do PIB do município de até 20%. A previsão é que, somente com a arrecadação de ISS, Macaé alcance um acréscimo de R$ 30 milhões.