Com o objetivo de realizar um Plano de Prevenção de Catástrofes e evitar desastres como o da região serrana do Rio de Janeiro, que aconteceu no verão deste ano, o Instituto Estadual de Ambiente (Inea) está coletando dados de algumas áreas que foram consideradas de risco, a fim de realizar um plano em conjunto entre a Prefeitura de Macaé e o governo do estado. De acordo com o superintendente regional do Inea, Hélio de Almeida, a região serrana, norte, noroeste, baixada fluminense e Macaé serão contempladas neste trabalho.
- O Inea quer trabalhar de forma integrada, proporcionando o fortalecimento das ações preventivas e paliativas. Para isso, estamos reunindo com os municípios que entraram no levantamento de risco, buscando dados e as necessidades de cada um, explicou o superintendente do Inea.
Em Macaé, ele conheceu o trabalho realizado pela Defesa Civil e recolheu as informações sobre o plano de contingência municipal e o monitoramento.
Mapeamos as áreas de risco e cadastramos as pessoas que moram no local, para identificarmos na hora de uma catástrofe. Já fizemos isso na Fronteira, no Novo Paraíso e começamos na região serrana. Além disso, listamos o que cada secretaria pode oferecer no momento crítico, tanto em relação a recursos humanos e as escolas da cidade que podem servir como abrigo, disse o coordenador de geral de planejamento da Defesa Civil, Marcus Schueller.
O secretário de Ambiente, Maxwell Vaz, listou algumas ações que devem ser realizadas imediatamente.
- Podemos dividir Macaé em áreas. Na urbana, precisamos urgentemente fazer a limpeza dos canais, pois o sistema de drenagem do município está comprometido. Na região litorânea os bairros Fronteira e Barreto são os mais atingidos pela ressaca. Em alguns locais é preciso fazer a desapropriação e recuperar a vegetação local. Por último, na serra há as preocupações com as construções nas Áreas de Proteção Permanente (APP). Algumas notificações já foram realizadas, mas é difícil resolver a situação, listou.
Marcus Schueller acrescentou que seria interessante a instalação de um sistema de sirene na serra, para avisar quando o rio estiver no limite. Para isso, ele destacou que é preciso fazer um estudo detalhado do rio.
O superintendente do Inea disse que irá levar todas as informações e demandas para uma reunião que acontecerá nesta sexta-feira (9), no Rio de Janeiro e na próxima semana marcará uma segunda reunião com o município.
- Estamos começando o projeto agora, mas como está chegando o verão é preciso fechar isso o mais rápido possível. Neste momento estamos ouvindo os municípios e pretendemos propor ações para melhorias, finalizou.