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Prefeitura resgata cidadãos na Ponte Ivan Mundim

13/05/2012 18:54:00 - Jornalista: Lourdes Acosta

Mais uma ação de abordagem da equipe especializada da secretaria de Desenvolvimento Social devolve cidadania e dignidade a três cidadãos que estavam vivendo debaixo da Ponte Ivan Mundim. O resgate foi feito na sexta-feira (11) e o atendimento de reinserção social aos ex-moradores em situação de rua será feito pela Pousada da Cidadania.

De acordo com o coordenador de políticas públicas para população adulta em situação de rua, que conduz o programa Cidadania e Dignidade, Edivaldo Santos, a equipe foi até o local para verificar se procedia a denúncia de que uma família estaria morando há uma semana na ponte. Ele conta como encontrou as três pessoas.

- Abordamos o casal e mais uma senhora de 48 anos de idade, todos procedentes da Bahia, que estavam vivendo de maneira insalubre, sem nenhuma estrutura básica de convivência, cozinhando seu alimento no mesmo ambiente em utilizavam para defecar e urinar. Constatamos que para sobreviver, o chefe do casal estava fazendo biscates com chapas, enquanto que a esposa, desempregada e com pneumonia. Já a senhora por nome Rosa que já se encontrava em Macaé há três semanas e há dois dias morando embaixo da ponte, possui distúrbios mentais. Todos estavam muito embriagados – explicou.

Não dê esmolas – O coordenador do Programa ressaltou que a grande quantidade de vasilhames secos de cachaça no local chamou sua atenção. “Tenho a convicção de que eles não tinham condições financeiras para adquirirem tanta bebida, mas, conseguem este malefício através de esmolas que adquirem no seu dia a dia junto à sociedade. A cachaça é umas das drogas que mais matam no mundo. É uma droga de fácil acesso, barata e lícita”, pontuou, informando que a Prefeitura mantém através da secretaria de Desenvolvimento Social, duas campanhas dentro do programa Cidadania e Dignidade: “Não dê esmolas” e “De volta para casa”.

Segundo ele, a primeira “Não dê esmolas”, objetiva conscientizar a sociedade a não dar a esmola, pois ela só contribui para desgraça deste cidadão. A segunda “De volta pra casa” recambia as pessoas que sofrem infortúnios em Macaé, para suas cidades de origem, para ficar mais próximo de suas famílias.

Seguindo a lei – O coordenador citou que em 2005, a LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social recebeu alteração para a inclusão da obrigatoriedade de formulação de programas de amparo à população em situação de rua, por meio da lei 11.258/05 e que isso impulsionou a formulação das políticas públicas. “Nosso trabalho é árduo e cansativo, por isso precisamos da colaboração da sociedade. Muitas vezes as pessoas contribuem sem querer para continuidade das desgraças de quem está nas ruas, atendendo suas necessidades com um pratinho de comida, trocadinhos e até com cobertores para dormirem”.

Pousada acolhe – Após a abordagem os moradores em situação de rua foram encaminhados para a Pousada da Cidadania, onde seriam bem tratados, fariam higiene, receberiam roupas, alimentação adequada e cuidados. “Às 19 horas estava muito frio e após termos conversado com os mesmos convencemo-los de que na pousada eles teriam também o atendimento de saúde e psicológico. As duas mulheres ficaram, mas o Mariano preferiu voltar para as ruas da cidade”, lamentou.