Preservação da restinga: castanheiras são retiradas de trecho no Cavaleiros

21/06/2022 20:39:00 - Jornalista: Juliana Carvalho

A remoção das castanheiras foi uma recomendação do Nupem/UFRJ que desenvolve pesquisas de restinga desde a década de 80

O resgate e a preservação da restinga, vegetação nativa do litoral macaense, está sendo alvo de uma ação iniciada nesta terça-feira (21). O trabalho de remoção das castanheiras, consideradas espécies invasoras, foi orientado pelo Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem/UFRJ), uma vez que as árvores impedem a permanência da restinga e, como consequência, a barragem natural das marés.

Técnicos da Secretaria de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal acompanharam o trabalho de retirada das castanheiras feito pela Secretaria Adjunta de Serviços Públicos.

"O objetivo é que as espécies nativa não sejam prejudicadas durante a remoção. A preservação da restinga é primordial para garantir a permanência de espécies nativas do nosso litoral, dos animais que vivem neste ecossistema, além de garantir a contenção do mar na berma praial", destacou o Secretário de Ambiente, Juninho Luna.

A remoção das castanheiras foi uma recomendação do Nupem/UFRJ que desenvolve pesquisas de restinga desde a década de 80 e está embasado no conhecimento mundial do perigo das espécies invasoras para a destruição e perda dos serviços ecossistêmicos da fauna nativa. "A Terminaria Catappa, ou simplesmente castanheira, é uma espécie que foi introduzida no Brasil durante a colonização pelos portugueses. O rápido e excessivo padrão de produção de biomassa dessa planta, que não é regulada por nenhuma espécie nativa, acaba por fazer com que as folhas da árvore mate as espécies nativas, protegidas por lei municipal, estadual e federal, uma vez que as restingas são Áreas de Proteção Permanente. A restinga é necessária para produzir essa barra arenosa mais elevada que protege contra as marés altas. Protege o ser humano, o patrimônio público e as edificações", explica o professor Rodrigo Lemes.

O trabalho iniciado nesta terça-feira na orla dos Cavaleiros segue, ao longo da semana, no trecho em frente ao Tênis Clube ao Posto 2. Outras etapas estão sendo definidas para atuação em demais áreas afetadas da orla.