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Procon interdita agência de viagens para proteger consumidores lesados

13/08/2025 12:27:00 - Jornalista: Equipe Secom

Foto: Márcio Borges

A ação proíbe venda de pacotes presencialmente ou por meio de plataformas digitais da Ita Viagens

A Secretaria Executiva de Defesa do Consumidor – Procon/Macaé interditou temporariamente, nesta quarta-feira (13), a agência Ita Viagens e Turismo, localizada na Avenida Rui Barbosa, 698, loja 115, Centro. A ação visa proteger consumidores lesados que, em análise preliminar, acumulam prejuízos de aproximadamente R$ 60 mil em viagens não realizadas no mês de julho. A medida proíbe venda de pacotes de viagem presencialmente ou por meio de plataformas digitais.


O secretário executivo de Defesa do Consumidor, Celso Mussi, destacou que a empresa foi interditada com base no artigo 56 e inciso X do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990).


“Inicialmente, a primeira reclamação recebida indicava que a viagem contratada não havia sido confirmada dentro do prazo estabelecido. A empresa foi notificada para apresentar esclarecimentos, remarcar a viagem ou ressarcir o valor pago, porém, não houve resposta. Posteriormente, foram registradas mais de onze reclamações com o mesmo teor: viagens agendadas para o mês de julho, tanto no Brasil quanto na América do Sul (Lima, Peru, Montevidéu, Uruguai), não foram realizadas. A empresa não prestou informações aos consumidores, ignorou as notificações do Procon e, em seguida, fechou a loja”, explicou o secretário.

Celso Mussi acrescentou que a empresa fechou o estabelecimento e informou que o contato referente às viagens seria feito através de número de telefone e endereço de e-mail. Contudo, os consumidores não obtiveram sucesso ao tentar contato.

“O caso resultou em prejuízos para mais de doze consumidores, afetando indiretamente mais de trinta pessoas, considerando que diversos pacotes eram familiares”, ressaltou o secretário.

De acordo com o Procon, a empresa possui um prazo de 20 dias úteis para apresentar sua defesa ou solução das reclamações. Caso não faça, permanecendo omissa ou não apresentando soluções para ressarcir os consumidores, o Ministério Público será notificado para possível ajuizamento de ação coletiva, em colaboração com o órgão.

“O Ministério do Turismo também será comunicado para avaliação da suspensão do cadastro da empresa no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur). Tais medidas precisam ser verificadas e implementadas para evitar novos prejuízos aos consumidores”, pontuou Celso.

O Procon instalou ainda na porta do estabelecimento um comunicado a todos os consumidores cujos contratos foram descumpridos a comparecerem à sede do órgão para registro formal da reclamação. A iniciativa resultará na apuração de danos e busca por ressarcimento em processo legal coletivo. É necessário estar munido dos seguintes documentos: identidade, CPF, comprovante de residência, contrato de serviço/produto, comprovantes de pagamentos, demais documentos referentes ao caso, podendo ser email, print de conversa de WhatsApp, dentre outros.

O aposentado Júlio Roberto Lima de Paula, 64 anos, é um dos integrantes da família com dez membros que foram lesados. Eles viajariam em julho para Montevidéu e tiveram suas datas remarcadas por quatro vezes e a viagem não ocorreu. “Minha esposa tem mantido contato por telefone, porém, a situação não foi resolvida. Registramos a reclamação no Procon, pois cada um pagou R$ 3mil pelo pacote”, explicou.

O Procon é localizado na Avenida Presidente Feliciano Sodré, 466, térreo, Centro, Macaé. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h.



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