O Programa Eco Cidadão, apoiado pela Prefeitura de Macaé, acaba de receber convite da Cruz Vermelha Americana para implementar seu padrão de trabalho em comunidades de Porto Príncipe, capital do Haiti.
Segundo a coordenadora do Programa, Marielza Horta, o trabalho seria embasado na educação para a sustentabilidade, mobilidade social, cultura de paz e direitos humanos.
- Fizeram o convite baseados nos resultados altamente positivos e em todas as metodologias realizadas em Macaé, pois o programa mobiliza as pessoas mais excluídas e as residentes em áreas de alta vulnerabilidade social.
Além do apoio da Prefeitura de Macaé, o trabalho é realizado em parceria com instituições estrangeiras. “Posso citar organizações que, permanentemente, cooperam com o Eco Cidadão, como a Purac Sínteses, Habitat ONU, Universidade Aberta do Porto (Portugal), Borria Macaé, Fundação Ruaf, da Holanda, PES do Peru, IDRC (Canadá), enumerou a coordenadora. Ela ressaltou a importância do convite.
- O convite é muito importante para a trajetória do Eco Cidadão, principalmente por reafirmar nossa missão de disseminar as práticas e valores do Programa, capaz de contribuir para a coesão social em várias regiões do mundo, onde for adotado.
Numa visão geral, a coordenadora apontou respostas significativas ao trabalho, sucesso que considera o verdadeiro motivo do convite da Cruz Vermelha Americana para atuar em Porto Príncipe.
- Com o trabalho do Eco Cidadão, o público-alvo passou a cuidar mais do ambiente em que vive, passando da visão utilitarista, de apenas usufruir do que existe na natureza, para uma outra de suprimento e cuidados com o meio. Ela se deteve em analisar as mudanças de comportamento de relevantes grupos, formadores do público - alvo.
- As crianças do ensino fundamental, envolvidas pelo Programa, têm apresentado resultados altamente positivos. Um dos pontos a ressaltar são as grandes mudanças na alimentação desse grupo, que se torna cada vez mais natural, portanto mais saudável, com o plantio de árvores frutíferas, verduras, hortas, até mesmo nos menores espaços disponíveis em suas casas.
Mudanças Sociais – Segundo Marielza, as relações de convivência interpessoais em áreas de risco social apresentam grandes transformações por estarem baseadas numa cultura de paz. Entre os jovens, cultiva-se o incentivo à participação cidadã, antagônica à alienação, pela compreensão da realidade que vivem , pelo reconhecimento do seu papel na sociedade e a importância da preservação ambiental.
Assentados – Esta parcela do público –alvo do programa passou a à prática da agricultura orgânica – plantio sem agrotóxicos – e desenvolveu a consciência do respeito aos ciclos naturais; exercita o combate às práticas poluentes e predatórias; apresenta melhorias nas relações de vizinhança; praticam o respeito aos animais.
Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) – Os atendidos no Centro participam com muito interesse das oficinas de agricultura urbana e buscam melhorias das suas condições de vida e, hoje, entendem a estreita relação entre saúde, bem-estar e preservação ambiental, além das mudanças de hábitos alimentares. Aprenderam a discutir seus direitos, a lutar contra a discriminação e em favor da recuperação de limitações.
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