logo

Programa “Educação para a Paz” é discutido em reunião com diretores

15/09/2011 15:52:27 - Jornalista: Carlos Fernandes

Diretores e representantes de escolas localizadas em áreas consideradas de risco se reuniram nesta terça-feira (13), no auditório do antigo Hotel Ouro Negro, no Centro, com a Coordenação de Educação pela Paz para socializar os trabalhos desenvolvidos nas unidades. O objetivo é identificar quais as ações já são desenvolvidas para o enfrentamento da violência para que elas sejam fortalecidas pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação. A partir desse trabalho será desenvolvida uma metodologia única na busca da promoção de uma cultura de paz nas escolas.

A vice-prefeita Marilena Garcia esteve no encontro e exaltou a iniciativa de se buscar soluções em busca da paz no ambiente escolar: “Na realidade a paz é uma utopia e é a utopia que nos faz caminhar, por ser um processo de formação do ser humano. Essa utopia fantástica chamada paz, principalmente no campo da educação, é o grande espaço, o grande momento. Desanimar da proposta da paz é desanimar da proposta de uma vida melhor”, disse.

Para o secretário de Educação, Guto Garcia, esta união de forças pela paz nas escolas municipais é muito importante para mostrar que existe um caminho mais amplo para entender a paz não como um conceito a ser imposto, mas como um sentimento natural:

- Ao identificar estas ações desenvolvidas nas escolas, a Secretaria de Educação espera contribuir para propagar a cultura da paz nas escolas. E com o Programa “Educação para a Paz” temos a oportunidade de, em grupo, buscar soluções no sentido de solucionar os problemas enfrentados.

Na reunião, representantes das escolas fizeram o relato das experiências realizadas em suas respectivas unidades para o enfrentamento da violência. Estas ações, que serão repassadas à Coordenação de Educação pela Paz, farão parte de um caderno de orientação que está sendo produzido pela câmara técnica, formada por pedagogos, advogados e assistentes sociais.

Além dos projetos das escolas, o caderno ainda vai conter 30 perguntas e respostas elaboradas por especialistas, informações sobre direito à Educação, violência no ambiente escolar, procedimentos diante de atos de indisciplina escolar e atos de infração, redes de atendimento de saúde sócio assistencial de Macaé, órgãos e programas municipais, dentre outras informações.

- Não adianta fazermos um caderno de orientação como se as escolas não tivessem desenvolvido nenhum projeto até hoje. Por isso esse caderno está sendo preparado com muita atenção e carinho para se criar uma metodologia única. Tudo tem que ser analisado dentro de um contexto. Temos que o olhar o macro do problema - disse a coordenadora de Educação pela Paz, Sonia Terezinha Gonçalves, lembrando que o caderno de orientação será entregue no lançamento do programa “Educação para a Paz”, em outubro.

A diretora do Colégio Municipal Professora Elza Ibrahim, Ligia Ferraz, também destacou a importância da medida: “Toda ajuda é bem vinda porque as escolas estão sofrendo demais com a intolerância, seja da família, dos professores, das crianças e dos jovens, o que muitas vezes nos deixa perdidas. Por isso estamos abertas a este projeto. Desenvolvemos diversas ações e queremos os alunos dentro da escola para mantê-los afastados dos perigos da rua”, finalizou a diretora do colégio, que possui 1200 alunos em três turnos.