A Semana de Proteção aos Animais acontece sempre entre os dias quatro e 10 deste mês, mas a comemoração em Macaé será neste sábado (23), com a “Primeira Festa Animal”. O evento, em homenagem ao Dia Mundial dos Animais, é promovido pelo movimento social Protetores de Animais de Macaé (PAM) e conta com a parceria da prefeitura, através da secretaria de Meio Ambiente. A ação começa com a “Cãominhada” no calçadão da Avenida Rui Barbosa.
Segundo a coordenadora do PAM, Eliana Petrelli, a finalidade é desenvolver de forma festiva, valores de respeito e responsabilidade pelos animais domésticos e silvestres e a conscientização dos direitos dos animais. O público alvo serão as crianças e pessoas com interesse no tema da proteção e bem estar animal.
- Nossa expectativa é trazer o maior número de pessoas para interagir. Muita gente não sabe que abandonar animal é crime e que existem leis brasileiras que estão sendo cumpridas neste sentido. Em Macaé, há um número enorme de animais e em especial cães abandonados, que devido à população flutuante, ainda não há controle. Temos que ter um cadastro de animais e o controle anual da população canina. Já estamos com audiência pública prevista na Câmara de Vereadores para debater o tema, disse.
A Festa Animal começa com a “Cãominhada” saindo da Praça Veríssimo de Melo, às 8h30m, e a comemoração na Lyra dos Conspiradores, localizada na Rua do Sacramento, 63, no Centro. O evento terá ainda um show musical, oficina de desenho, uma contadora de histórias e sorteio de brindes. Para participar do evento as pessoas podem se inscrever através do e-mail protetoresdemacae@gmail.com ou comparecerem na praça com seu animalzinho para participar da Cãminhada. Na praça, serão distribuídas 100 camisetas e 100 máscaras por ordem de chegada e na Lyra, brindes para cães e brinquedos.
A “Cãominhada” visa atrair a atenção da população para a questão do abandono dos animais domésticos, dos maus tratos e do tráfico de animais silvestres. “Levaremos cartazes educativos e cães como o objetivo de sensibilização da sociedade. Infelizmente recebemos denúncias sobre rinhas de cães e galos em Macaé e não temos como agir, pois isto é um problema de polícia, então cabe a nós desenvolver estas ações educativas”.
CCZ e Meio Ambiente preocupados com o problema
O Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) assumiu este mês o serviço de recolhimento de animais nas vias públicas do município, que era oferecido pela Secretaria de Mobilidade Urbana. A equipe já trabalha na criação de um site, onde serão divulgados os animais que foram tratados pelo CCZ para que eles sejam adotados. Pelo próprio site a pessoa poderá se cadastrar para a adoção. O CCZ também vai iniciar campanhas pela posse responsável.
O CCZ também já trabalha no projeto de uso de microchips implantados sob a pele de cães e gatos para a identificação do dono e serviço de castração, que será oferecido às pessoas inscritas em programas sociais do município. Clínicas veterinárias particulares serão convidadas a fazer parceria com a prefeitura para o serviço de implantação de microchips.
A nova lei também prevê que denúncias de maus tratos a animais podem ser feitas ao CCZ. Após relatada uma irregularidade ou negligência, um médico veterinário será enviado ao local para averiguar a denúncia. Se a denúncia for comprovada, será feita uma notificação para o dono, e caso ele não cumpra a notificação, serão aplicadas as penalidades previstas na lei,como recolhimento do animal até a multa, que varia de acordo com o caso.
Quanto aos animais silvestres, o secretário de Meio Ambiente, Maxwell Vaz disse a prefeitura está fazendo a sua parte, mas todos têm que cuidar da fauna para que haja equilíbrio ambiental. Quanto à prevenção aos animais silvestres, exóticos ou nativos, ele recomendou cuidados. “Quando se retira um animal da natureza, é como se quebrássemos ou enfraquecêssemos o elo de uma corrente. É lógico que somente um animal não faria falta, mas, não apenas um e sim, centenas, milhares de animais são retirados por ano de nossas matas”, acentuou, esclarecendo que atualmente milhares de brasileiros exercem uma imensa pressão sobre os habitats naturais dos animais silvestres.
