Riverton defende união dos municípios da Bacia de Campos

10/08/2006 16:57:55 - Jornalista: Janira Braga

A união dos municípios da Bacia de Campos para a busca de soluções dos problemas da região. Essa foi a proposta apresentada pelo prefeito Riverton Mussi nesta quinta-feira (10), durante abertura do Seminário de Desenvolvimento Local, realizada no Crystal Apart Hotel, em Macaé, promovido pela prefeitura, por meio da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), e pelo Sebrae. Representantes das cidades da região debateram durante todo o dia estratégias de desenvolvimento focadas nas necessidades locais.

- Nos próximos anos, nossa região será a maior potência do Estado do Rio. Para isso, precisamos fortalecer a união dos municípios para enfrentarmos os problemas de crescimento desenfreado. Nosso desafio é elaborar estratégias para a melhoria da qualidade de vida familiar – destacou Riverton, acrescentando a busca de parcerias como fator somatório para esta questão.

O prefeito comentou em seu discurso que Macaé está bem colocada em diversos indicadores socioeconômicos como o Índice de Qualidade Municipal - IQM (terceiro lugar no Estado), o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDH-M (avaliado em 0,79, bem acima da média nacional em cima dos critérios indicadores de educação, longevidade e renda). “Os municípios produtores de petróleo recebem royalties, o que aumenta a arrecadação, mas sofrem grande impacto nos serviços e bens públicos com o inchaço populacional”, lembrou.

O secretário de Planejamento de Carapebus, Valdenir Braga, pontuou no seminário que o desenvolvimento regional - com solidez e consistência - só acontece quando é integrado. “Fazemos parte do grupo de municípios que recebem royalties do petróleo e esses recursos devem ser bem aplicados para a população”, disse. O representante do Sebrae, Gilberto Soares, pontuou a necessidade de melhor distribuição de renda para a promoção do desenvolvimento regional.

INDICADORES - De acordo com o presidente da Funemac, Jorge Aziz, a discussão promovida no seminário com foco no desenvolvimento foi embasada em cima de indicadores, formados por vários índices como o IQM e o IDH. “Estamos discutindo ferramentas de implementação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento e fazendo o diagnóstico de demandas dentro dos municípios, com as potencialidades, além de apontar os indicadores e variáveis dentro do processo de desenvolvimento”, detalhou.

O arranjo produtivo local foi outro assunto apontado por Jorge Aziz para ser pensado o planejamento do desenvolvimento econômico, principalmente em relação ao setor produtivo. “A questão da capacitação da mão-de-obra, os estudos de viabilidade, projetos e a capacidade de investimento são assuntos que estamos discutindo dentro deste propósito”, pontuou.

Após a abertura, o especialista da Agência Nacional de Saúde, Daniel Sasson, que participou da elaboração do IQM, e o superintendente da Secretaria de Planejamento do Estado do Rio de Janeiro, Waldir Rugero Peres, ministraram palestra sobre IQM-II/2006. Na segunda parte do seminário, foi promovido o painel “Perspectivas e Limites do Desenvolvimento dos Municípios da Bacia de Campos”, pelo professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Floriano Godinho. O presidente da Funemac foi o coordenador deste painel. Em seguida foi realizado o debate.

Às 15h30, foi abordado o tema “APL – Arranjo Produtivo Local”, pelo coordenador do projeto do Arranjo Produtivo do Sebrae, Antonio Batista. Em seguida, foi realizado o debate final.