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Saneamento básico é prioridade para elevar qualidade de vida

05/03/2013 14:34:00 - Jornalista: Maria Izabel Monteiro

Foto: Ana Chaffin

Tendo como uma das prioridades o saneamento básico, visando à saúde da população e à proteção dos corpos hídricos, a prefeitura de Macaé trabalha na atualização dos dados da rede de saneamento básico existente, identificando divergências sobre a localização de elevatórias de esgoto e linhas de recalque. O trabalho é realizado pela Empresa Pública de Saneamento (Esane).

Para conhecer as redes de esgotamento sanitário, está em andamento o cadastro técnico nos bairros Mirante da Lagoa e Lagomar. A prefeitura quer colocar em funcionamento as Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) do Mutum e Lagomar, já concluídas e em fase final de testes. Equipes de campo, que trabalham com georreferenciamento das redes pluviais e de esgoto, realizaram estudos das redes de escoamento sanitário e detectaram que em muitos lugares, essa redes coletoras da zona urbana estão interligadas, sendo redes mistas - esgoto e águas pluviais -, o que causa grandes problemas de extravasamento. No Centro da cidade são encontradas antigas manilhas de barro e cimento, muitas deterioradas em função do tráfego pesado. Em algumas áreas isoladas, são encontradas novas redes coletoras separadoras sem interligação a nenhum tipo de tratamento. Além da cidade, estudos e ações emergenciais também são realizadas nas redes coletoras de esgoto da região serrana. Após a conclusão do cadastro técnico e do trabalho de campo, o município terá resposta correta sobre quais bairros contam com rede coletora de esgoto e quantos metros essa rede tem e quais ações devem ser iniciadas para que Macaé tenha um eficiente sistema de saneamento básico. O prazo para conclusão desse trabalho é de seis meses. A prefeitura prioriza a ativação, por meio da Licença Ambiental Provisória, das duas Estações de Tratamento de Esgoto, a ETE do Mutum, situada na área sul da cidade e que receberá a contribuição de esgoto dos bairros Mirante da Lagoa e São Marcos, e a ETE do Lagomar, localizada no lado norte da cidade, na localidade de Engenho da Praia, que já está apta receber o esgotamento sanitário do bairro Lagomar. A Esane informou que a ETE Lagomar tem capacidade para atender cerca de 20 mil moradores com tratamento secundário e a ETE Mutum vai atender a dez mil moradores com tratamento terciário. É objetivo da prefeitura ampliar essas duas ETEs a partir de 2014, em função da incorporação de afluentes de redes de esgotos em torno das respectivas áreas. A prefeitura atua, também, no atendimento à população no esgotamento de fossas sépticas, redes de esgotamento e poços de visita, minimizando a falta de recolhimento adequado de esgoto em algumas áreas. Em relação à média do volume de esgoto gerado diariamente em Macaé, a Esane informa que existe uma avaliação de que esse volume está em cerca de 44560 metros cúbicos por dia, ou 520 litros por segundo. Porém, muitas áreas não têm redes de distribuição de esgoto e de água e ainda contam com sistemas alternativos individuais e coletivos. Está prevista a implantação de módulos de tratamento nas ETEs Central, com 300 litros por segundo e ETE do Aeroporto, com 200 litros por segundo. Já foi iniciada a demolição da antiga ETE Aeroporto em função da total desativação. Existem ainda no município ETEs que estão paralisadas e sendo avaliadas tecnicamente para novo reposicionamento e ativação. A proposta da atual gestão é a de que Macaé seja atendida com coleta e tratamento de esgoto no prazo máximo de quatro anos. Para os bairros como Barra, Nova Holanda, Malvinas, que não contam com saneamento, a prefeitura está reavaliando o investimento federal por meio do PAC I, assim como a integração da futura operação das atividades de esgoto.


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