A ressaca do mar voltou a atingir o bairro da Fronteira, em Macaé, após cerca de 15 dias de trégua. Desde a tarde desta terça-feira (22), as ondas voltaram a bater forte no bairro, assustando os moradores. Para tentar amenizar o problema, a Secretaria de Obras começou a colocar, nesta quarta-feira (23), mais 12 mil metros cúbicos de pedras no muro de contenção. Ao todo, quatro carretas estão fazendo o trabalho.
- Mesmo assim, não temos garantia de que o muro vai agüentar, já que esta ressaca está bem mais forte do que a última -, disse o secretário de Obras, Tadeu Campos, que está inspecionando o trabalho. Durante a primeira ressaca, a prefeitura construiu um muro de contenção usando 220 caminhões de pedras, cada um levando em média 25 toneladas. Ao todo, já foram usadas 5,5 mil toneladas de pedra.
Dessa vez, as carretas estão levando para o local da ressaca pedras de até dois mil quilos, retiradas de uma pedreira na BR-101. “Estamos colocando as pedras maiores para conter a força das ondas, evitando que o mar leve as pedras menores, como estava acontecendo. Este é o paliativo que a engenharia pode oferecer enquanto o mar não se acalma”, comentou o secretário. A forte ressaca ainda não atingiu as casas dos moradores que, por enquanto, permanecem no local.
As medidas tomadas pela prefeitura seguem as determinações do Instituto de Pesquisas Hidroviárias (INPH), órgão ligado ao Ministério de Transportes. Até o final do mês, os técnicos do INPH deverão apresentar laudo apontado quais as medidas definitivas para resolver o problema. O órgão estuda a região desde 1982, acompanhando outros processos de erosão causados pelas correntes marítimas em Macaé, Carapebus e outros municípios. O Instituto já emitiu laudos para a Petrobras e prefeitura de Macaé e realizou inspeção técnica no Rio Macaé e pontal, em agosto de 1990.
