O secretário de Assistência Social de Macaé, Valdeci Brandão, esteve na tarde desta quinta-feira no bairro da Fronteira para ver de perto os problemas causados pela ressaca do mar. Segundo o secretário, alguns moradores procuraram a secretaria para pedir ajuda por causa da violência das marés, mas a situação encontrada no local não é alarmante.
Segundo Valdeci Brandão, o problema é antigo. “Quando a Petrobras chegou em Macaé foi feita uma dragagem, uma espécie de raspagem da areia para a construção do píer da Imbetiba para que os seus barcos pudessem atracar. Com isso houve uma alteração da corrente marítima e as conseqüências passaram a ser sentidas aqui desse lado da cidade”, explicou.
Valdeci afirma que na época em que era vereador encaminhou um requerimento à Petrobras relatando a situação da Fronteira e solicitando a construção de um quebra-mar no local, mas os geólogos da estatal afirmaram que o problema da força do mar na Fronteira não tinha qualquer relação com as intervenções feitas na Imbetiba. “Não concordo com esta posição”, disse o secretário.
Durante a visita o secretário conversou com moradores e ouviu relatos a respeito da situação, como o da dona de casa Edeide Pereira, que mora há 51 anos no bairro. Segundo ela, o mar nunca esteve tão revolto como agora. “Sabemos que todo mês de agosto tem ressaca, mas dessa vez está muito forte”, comentou ela.
“O mar está batendo forte, causando pequenos danos na avenida Beira Mar e despertando até um certo medo, mas não derrubou casas ou mesmo os muros das residências, graças a Deus”, disse o secretário. Valdeci afirma que a situação é de risco relativo. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil está monitorando a situação na Fronteira.