A historiadora da subsecretaria de Acervo e Patrimônio Histórico (Semaph), da prefeitura de Macaé, Conceição Franco, está participando do Seminário I Jornada de Estudos Fluminenses do Museu do Ingá, em Niterói. O evento termina nesta quarta-feira (6).
Pesquisadores, estudantes de História e de outras áreas de conhecimento, bem como não especialistas e o público leigo interessado em conhecer melhor o passado marcam presença no encontro.
- A I Jornada de Estudos Fluminenses do Museu de Ingá visa promover encontro com diversos pesquisadores para apresentarem propostas de estudos sobre os diferentes aspectos da história do Estado do Rio de Janeiro – comenta Conceição.
Ela acrescenta ainda que considera a participação nesse evento essencial para a troca de informações entre profissionais, fato que pode contribuir para a expansão, fortalecimento dos estudos sobre história e a consolidação de investigações capazes de proporcionar meios para a produção do conhecimento histórico.
Sobre sua participação no evento, Conceição diz que na I Jornada em Estudos Fluminenses do Museu do Ingá participa com apresentação de trabalho na mesa de debates. O tema é “Republicanismo e disputas políticas em terras fluminenses”. A mesa é coordenada pela Professora Doutora Ismênia de Lima Martins. Nesta mesma mesa debate sobre História de Macaé, a Professora Ana Lúcia Nunes Pereira.
- Para nós, investigadores da Semaph, o mais importante não é o que pode ser mudado, mas o que pode ser pensado a partir destas novas reflexões para adequação das pesquisas futuras – explica a historiadora, remetendo-se aos novos conhecimentos colocados na prática nos trabalhos da subsecretaria.
África
No final do mês passado, Conceição também participou do “Seminário Internacional Sobre a Presença Africana no Mundo Moderno - Os Angolas no Brasil, o Brasil em Angola – África, Europa e América e a Construção do Mundo Moderno”. Esse evento foi realizado na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
Segundo Conceição, esse seminário internacional teve como proposta colocar em pauta para discussão, questões como circuitos de prática e redes de identidades no Atlântico Negro; africanos e europeus na construção do mundo moderno; África e América: o mundo atlântico e o comércio; trânsitos de gentes e de culturas; e pesquisas sobre o tráfico de escravos entre Angola e o Brasil
- Os temas tratados no seminário foram discutidos dentro de uma perspectiva histórica que analisa as rotas do deslocamento humano de 12.000.000 de negos(homens e mulheres), que foram transportados como escravos desde áreas do interior do continente africano, até fortalezas e portos marítimos, onde foram embarcados em direção à América, fato que constituiu o que se chamou de tráfico atlântico - através do reconhecimento de um universo cultural mesclado, diverso, polissêmico e plural – avalia Conceição.