Técnicas da secretaria de Meio Ambiente (Semma) já estudam a viabilidade de formular dois projetos na linha de atuação do Programa Petrobras Ambiental (PPA), para auxiliar pessoas jurídicas sem fins lucrativos com atuação no Terceiro Setor, tais como associações, fundações, organizações não-governamentais, Oscips e organizações sociais.
Participantes da Caravana do PPA, que ocorreu no último final de semana nas dependências da Petrobras de Macaé, as coordenadoras de Unidades de Conservação, Nara Carneiro, de Recursos Hídricos, Alessandra Bitencourt e de Eventos, Alessandra Ferraz, pretendem construir e apoiar projetos ambientais de cunho comunitário.
- A participação na oficina do PPA foi didaticamente proveitosa, pois conhecemos o passo a passo do roteiro para a elaboração de projetos ambientais. Após essa capacitação vamos analisar dois temas que se encaixam na linha de atuação para verificarmos a viabilidade de ajudar o Terceiro Setor. Um deles será a gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos e o outro deverá contemplar a fixação de carbono e emissões evitadas com base na reconversão produtiva das árvores – pontuou a bióloga Nara.
Durante a capacitação que foi oferecida às Organizações Não Governamentais, cerca de 50 pessoas puderam conhecer o objetivo do programa que é contribuir para o desenvolvimento sustentável do País com investimentos em iniciativas voltadas à conservação e preservação dos recursos ambientais e à consolidação da consciência socioambiental brasileira, além de colaborar para a construção de uma agenda ambiental.
Os projetos deverão ser construídos para serem apresentados na quarta edição do PPA, cuja inscrição deverá se encerrar à 0h do dia 19 de agosto no site www.petrobras.com.br/ppa2010. O tema deste ano é “Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável”.
Segundo a palestrante, Leda Rocha, gestora de projetos ambientais da Gerência de Responsabilidade Social da Petrobras, o programa atua em três linhas: gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos; recuperação ou conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce; e fixação de carbono e emissões evitadas. Todas as linhas de atuação devem contemplar como tema transversal a educação ambiental, com foco em eficiência energética, conservação dos recursos naturais e consumo consciente. Ela explicou quais são as instancias de análise que passam os projetos inscritos.
- Os projetos passam por quatro instancias – a administrativa, a técnica, pela comissão de seleção e pelo conselho deliberativo que toma a decisão de escolher os contemplados, enquadrando-os dentro dos 78 milhões (valor total do investimento) e buscando beneficiar pelo menos um projeto de cada estado do país. Cada instituição poderá apresentar projetos no valor máximo de R$3,6 milhões e todos deverão começar no próximo ano. Os projetos poderão ter duração de 18 a 24 meses – explicou Leda.
De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, serão investidos R$ 500 milhões até 2012. As ações do PPA já envolveram diretamente 3,6 milhões de pessoas, além de mais de 820 parcerias estabelecidas, 240 publicações, 2.200 cursos e palestras, e mais de cinco mil espécies nativas foram estudadas.