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Unidos dos Bairros traz a Mangueira para a Linha Verde

23/02/2012 15:35:12 - Jornalista: Cesar Domerry

Vai dar verde e rosa na avenida, sábado (3/03), quando a quinta escola, Unidos dos Bairros, contar os 83 anos de vida da Mangueira, autora da inovadora “paradona” de quase três minutos da bateria no desfile da Marquês de Sapucaí, no carnaval do Rio deste ano. Serão evocadas personalidades tradicionais da Estação Primeira, já falecidas, chamadas de imortais no samba-enredo da Unidos dos Bairros

Segundo a fundadora e presidente de honra da escola, Adimar de Sa, o enredo em homenagem à Mangueira foi escolhido por uma comissão de carnaval, já que a escola não tem um carnavalesco específico.

- Faremos homenagem à Verde e Rosa com quatro carros alegóricos e 15 alas com mais de 1,4 mil componentes ao todo. A comissão de frente tem nove integrantes, ensaiados pela coreógrafa Kelly. Representam os símbolos das duas escolas: Mangueira é o surdo número um e o da Unidos é um pandeiro. O primeiro carro representa a homenageada em sua essência.

Ao falar da origem da escola, Adimar ressalta as famílias como base da agremiação. “Nossa escola tem 22 anos de existência, uma escola formada por famílias do bairrro Visconde ; essas são nossas raízes. Nessas duas décadas, foi campeã , em 1994, com o enredo “O sonho não acabou”; sonhos divinais, de criança, da massa, de políticos. Em diversos carnavais, esteve entre as três e quatro primeiras colocadas. contou Adimar.

O presidente da escola, Jocimar de Almeida, faz segredo quanto ao desenvolvimento do enredo “Sou a cara do povoe a eterna paixão, sou Estação Primeira de Mangueira, berço de inspiração”.

- O samba da Unidos dos Bairros tem o mesmo título do enredo. É de autoria de Lequinho da Mangueira, integrante da ala dos compositores da escola homenageada, e intérprete do samba no desfile da Unidos. Quanto ao desenvolvimento do enredo, queremos manter segredo. Queremos mexer com a curiosidade dos foliões, disse Jocimar.

O presidente da escola não confirma, mas a julgar pela letra do samba-enredo, pode-se especular a respeito da evocação de figuras “imortais” como Cartola, sua esposa Dona Zica, Dona Neuma e o cantor Jamelão, todos já falecidos. Confira um trecho da letra.

“Há saudade dos antigos carnavais// O samba fazendo homenagem, persdonalidades imortais//No tom da voz a emoção do eterno mestre Jamelão”.